A balança comercial dos Estados Unidos registrou um déficit de US$ 61,6 bilhões em abril, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Departamento de Comércio do país. O número veio bem abaixo da projeção do mercado, que estimava um saldo negativo de US$ 94 bilhões, e também representou uma melhora significativa frente ao déficit de US$ 138,3 bilhões registrado em março.
O desempenho positivo foi impulsionado por um forte avanço nas exportações, que cresceram US$ 8,3 bilhões em relação ao mês anterior, atingindo o recorde de US$ 289,4 bilhões. O movimento reflete o bom momento de vendas externas em setores como produtos industriais, tecnologia e commodities.
Por outro lado, as importações recuaram 16,3% no mês, totalizando US$ 351 bilhões. A queda indica possível desaquecimento da demanda interna e também reflete efeitos de ajuste nos estoques e mudanças na composição das compras externas, com destaque para bens de consumo e matérias-primas.
O resultado da balança comercial em abril reduz as preocupações sobre o impacto negativo do setor externo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano no segundo trimestre. O dado também pode influenciar as próximas decisões do Federal Reserve sobre política monetária, já que indica menor pressão externa sobre a economia doméstica.
Auxílio-desemprego sobe mais que o esperado
Além dos dados da balança comercial, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego somaram 247 mil na última semana, acima do consenso de mercado, que projetava 235 mil. O número também ficou acima da leitura anterior, revisada de 240 mil para 239 mil.
Já os pedidos contínuos, que acompanham aqueles que permanecem recebendo o benefício, ficaram em 1,904 milhão, levemente abaixo da expectativa de 1,910 milhão, mas ainda sinalizando uma certa pressão no mercado de trabalho.
Apesar de os níveis continuarem historicamente baixos, a sutil alta nos pedidos iniciais pode indicar perda de fôlego na geração de empregos, o que será monitorado de perto pelo Federal Reserve nas próximas decisões sobre juros.
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