Investidores de renda fixa que apreciam a isenção de Imposto de Renda (IR) em títulos com altas taxas, especialmente nas Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), precisarão adaptar as suas estratégias de investimento. Estes títulos ficaram escassos nas plataformas de investimentos depois que o Conselho Monetário Nacional (CMN) limitou as novas emissões, tornando raro encontrar papéis com um prazo de carência de 90 dias. Além disso, as novas regras podem reduzir a atratividade dessas opções, com a provável saída de emissores que não conseguirão se adaptar.
Alternativas na renda fixa
Com menos acesso às LCIs e LCAs, quais são as opções para o pequeno investidor? Segundo especialistas financeiros, uma alternativa viável são as debêntures incentivadas. Estes títulos de crédito também são isentos de IR e podem oferecer uma rentabilidade parecida com a das LCIs e LCAs.
Apesar dessa alternativa, investir nesses papéis pode ser complicado para o investidor menos experiente. Diferentemente das letras de crédito, que geralmente são emitidas por grandes bancos e têm um risco considerado baixo, as debêntures estão ligadas ao setor privado de infraestrutura, fazendo com que a análise de riscos seja mais complexa.
Investimento em debêntures através de fundos
Nesse contexto, especialistas sugerem o investimento em debêntures através de fundos de crédito de gestão ativa. Isso permite que o processo de seleção das debêntures seja feito por profissionais, bem como a diversificação da carteira para reduzir o risco – algo que seria difícil para quem possui um valor menor para investir.
Retorno dos CDBs
Alem das debêntures, a limitação na emissão de LCIs e LCAs pode levar a um aumento no investimento em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), que já eram considerados um porto seguro para investidores de renda fixa. Entretanto, encontrar um CDB com retornos semelhantes aos das LCIs e LCAs não será fácil, pois o custo de emissão é maior. Assim, os investidores terão que calcular a rentabilidade considerando o desconto do imposto, já que os CDBs não são isentos de IR.
Dessa forma, embora a mudança na regra das emissões de LCIs e LCAs possa causar certa incerteza a curto prazo, é aberto um leque de possibilidades para se adaptar e buscar rentabilidades atrativas em outras modalidades de investimentos.
