Após ter tido sua exoneração publicada nesta terça-feira, 25, no Diário Oficial da União (DOU), Alexandre Gomes Machado prestou depoimento voluntário nesta quarta-feira, 26, à Polícia Federal (PF) em que afirma ter sido demitido do TSE.
O agora ex-servidor contou à PF que o desligamento ocorreu após ter relatado a seus superiores no tribunal a ocorrência de irregularidade na veiculação da propaganda do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) por rádio parte de uma rádio. Após as declarações de Machado, o TSE não se posicionou. A responsabilidade pelo recebimento e veiculação de peças de campanha é de emissoras.
Mais cedo, a Corte informara que em “virtude do período eleitoral a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe.” Na fala, Machado aponta que a demissão aconteceu 30 minutos depois de ter enviado um e-mail para a chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE sobre o assunto.
Machado relatou que “acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita. que a fiscalização seria necessária para o fim de saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculadas.”
“Que […] na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil.”