A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue dividida no fechamento de 2025. Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (16) mostra que 49% dos brasileiros desaprovam o trabalho do presidente, enquanto 48% aprovam. Outros 3% não souberam ou não responderam.
Na avaliação qualitativa, o quadro também indica maior desconforto. A parcela que avalia o governo como negativo soma 38%, superando aqueles que avaliam a gestão como positiva, que são 34%. Já 25% classificam o governo como regular.
Economia e segurança ampliam percepção negativa sobre o governo Lula
Na análise por áreas da administração federal, os piores desempenhos aparecem em temas sensíveis ao cotidiano da população. O combate à corrupção registra o pior saldo, somando 55% de avaliação negativa, seguido por segurança pública, com avaliação negativa de 47% e gestão da economia, negativa em 46%. Já áreas como cultura, geração de emprego e educação aparecem com avaliação mais favorável.
Economia pesa na avaliação do governo e no humor do eleitorado
Nos últimos 12 meses, a percepção dos brasileiros sobre a economia segue predominantemente negativa. Segundo a pesquisa Genial/Quaest, 38% dos entrevistados afirmam que a economia do país piorou, enquanto 31% avaliam que ficou do mesmo jeito.
Apenas 28% dizem que a economia melhorou, e 3% não souberam ou não responderam. O dado reforça que, apesar de alguma estabilidade recente, a leitura majoritária da população ainda é de deterioração econômica, fator que pesa diretamente na avaliação do governo e no humor do eleitorado ao entrar em 2026.
Intenção de voto indica liderança de Lula, mas com vantagem apertada no segundo turno
Os cenários eleitorais estimulados da pesquisa Genial/Quaest mostram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece na liderança das intenções de voto para 2026, tanto no primeiro quanto no segundo turno, mas com vantagens relativamente estreitas diante de possíveis adversários da direita.
No primeiro turno, Lula oscila entre 34% e 41%, a depender do cenário apresentado, mantendo a dianteira mesmo em simulações com múltiplos candidatos. Flávio Bolsonaro aparece como principal nome do campo bolsonarista, com percentuais entre 21% e 27%, enquanto outros nomes da direita, como Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, surgem de forma fragmentada, sem consolidar uma alternativa única.
O volume de brancos, nulos e indecisos, que varia de 13% a 20%, reforça a leitura de um eleitorado ainda em processo de definição.
Segundo turno mostra disputas mais apertadas
Nos cenários de segundo turno, Lula mantém vantagem sobre todos os adversários testados, mas a diferença diminui de forma relevante. Contra Flávio Bolsonaro, o presidente registra 46%, contra 36% do adversário, com 15% de brancos, nulos ou eleitores que não pretendem votar.
Em simulações contra governadores, o padrão se repete. Lula aparece com 45% frente a 35% de Tarcísio de Freitas, 45% a 35% contra Ratinho Júnior, 44% a 33% diante de Ronaldo Caiado e 45% a 33% contra Romeu Zema. Em todos os cenários, a taxa de eleitores que declaram voto branco, nulo ou abstenção permanece elevada, girando em torno de 18% a 20%.
Leitura política
Os dados sugerem que Lula entra no ciclo eleitoral de 2026 na dianteira, mas sem margem confortável. O desempenho do governo, especialmente na economia e na segurança pública, aparece como variável-chave para a manutenção dessa vantagem.
Ao mesmo tempo, a fragmentação da direita segue como fator que impede o surgimento de um adversário competitivo no primeiro turno, mas não elimina o risco de disputas mais acirradas no segundo.













