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Economia americana desacelerando? Quais os impactos?

Nas últimas semanas, os temas desta coluna estiveram mais relacionados a tópicos específicos e/ou ao cenário de investimentos no Brasil

William Castro Alvesby William Castro Alves
30/06/2024

Nas últimas semanas, os temas desta coluna estiveram mais relacionados a tópicos específicos e/ou ao cenário de investimentos no Brasil, seus riscos, suas alternativas e os impactos na moeda em meio à escalada do dólar que temos vivenciado.

Caso você não tenha lido, convido e recomendo fortemente que acesse esses conteúdos, pois tenho certeza de que vão agregar em termos de conhecimento para você e ajudar na decisão de investir parte de seus recursos no exterior. Vou deixar os links aqui embaixo:

Para esta semana, vou focar na situação da economia americana e seus desdobramentos nos mercados de investimentos.

RECAPITULANDO

Economia americana desacelerando? Quais os impactos?

Ao final de 2023, o consenso do mercado acerca do que iríamos vivenciar na economia americana em 2024 era o seguinte: veríamos uma desaceleração da atividade econômica, com o PIB crescendo menos que em 2023; essa atividade mais fraca contribuiria para reduzir as pressões inflacionárias e, com isso, veríamos um início de ciclo de cortes de juros ao longo do ano.

Os três primeiros meses do ano chacoalharam completamente essa percepção, com a atividade surpreendendo e mostrando que a economia americana seguia resiliente; a inflação parou de apresentar uma trajetória benigna e, com isso, o cenário de juros mudou completamente, com mais e mais dúvidas acerca da possibilidade de cortes de juros acontecerem este ano.

TARDA, MAS NÃO FALHA?

No entanto, de abril para cá, parece que a desaceleração tão esperada começou a acontecer. O gráfico abaixo do índice de surpresa econômica do Citi mede o quanto os dados econômicos têm surpreendido positivamente (mais fortes que o esperado) ou negativamente (mais fracos que o esperado). De abril para cá, temos visto indicadores mais fracos, em consonância com esse cenário de desaceleração da economia.

Fonte: The Daily Shot – 18/jun/2024

Vale a ressalva que essa desaceleração não significa estagnação e/ou recessão da economia, mas simplesmente uma menor taxa de crescimento. O FOMC (comitê de política monetária americano) trabalha, por exemplo, com uma projeção de PIB de 2,1% para 2024, uma leve desaceleração em relação aos 2,5% observados em 2023.

Isso quer dizer que a economia americana segue crescendo, mas com um ritmo menor.

Tanto é verdade que, apesar de na média estarmos vendo alguma desaceleração, na sexta-feira o PMI surpreendeu o mercado, vindo acima do esperado. Em junho, a economia dos EUA mostrou resiliência com o PMI Composto da S&P Global atingindo 54,6, o maior em 26 meses. O setor de serviços liderou o crescimento, alcançando um índice de atividade empresarial de 55,1, o mais alto em 26 meses, refletindo níveis relativamente elevados de otimismo impulsionados pela diminuição das pressões de custo de vida e pela expectativa de taxas de juros mais baixas. No setor industrial, o PMI alcançou 51,7 em junho, indicando um aquecimento em comparação a maio (51,3), marcando o terceiro nível mais alto dos últimos 21 meses, contrariando as projeções de um resfriamento econômico.

Mas, de forma geral, apesar do PMI mais forte, essa desaceleração começa a aparecer e apresentar implicações diversas. Uma delas é na confiança dos consumidores, que percebem essa desaceleração. Semana passada tivemos o indicador de confiança da Universidade de Michigan que mostrou, mais uma vez, queda, atingindo o menor patamar em 7 meses – vide gráfico abaixo.

Fonte: The Daily Shot – 17/jun/2024

Corroborando isso e refletindo essa menor confiança, o importante dado de vendas no varejo, também divulgado na semana passada, mostrou menores gastos em maio por parte dos consumidores. Os gastos no varejo foram mais fracos do que o esperado em maio, à medida que os consumidores continuavam a lutar contra níveis de inflação teimosamente elevados. As vendas aumentaram apenas 0,1% na variação mensal e 2,3% no ano; número esse não ajustado pela inflação, ou seja, o aumento de vendas foi menor que a inflação corrente. Abaixo, o gráfico com a abertura do índice.

Fonte: Gregory Daco on X – 18/jun/2024

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E, olhando o gráfico acima, chama atenção a desaceleração das vendas em itens como materiais de construção, mobília e móveis para casa. De fato, uma das implicações dessa desaceleração, somada à deterioração na confiança do consumidor e à manutenção de juros em patamares elevados, se dá no setor imobiliário.

Os dados recentes mostraram que as expectativas em relação ao setor imobiliário por parte dos construtores seguem em níveis baixos, e que os pedidos de mortgage (financiamento imobiliário) se encontram nos menores patamares dos últimos anos – vide gráficos abaixo.

Fonte: The Daily Shot – 20/jun/2024

O LADO POSITIVO

O lado positivo dessa aparente desaceleração que a economia vem demonstrando é a expectativa de que isso ajude no combate à inflação e que vejamos a inflação retornar a uma trajetória benigna de desaceleração. Os últimos dados de inflação mostraram isso e criaram essa expectativa no mercado – Inflação ao consumidor mostra sinal de arrefecimento. Ainda é cedo, e precisamos ver a continuidade desses dados nos próximos meses para que, aí sim, haja condições para o Fed mexer na sua atual política de juros.

Temos visto dados que ora denotam que a economia desacelera, ora mostram que ainda há resiliência nesses últimos 60 dias. Em nossa visão, isso indica que a economia americana ainda apresenta certa resiliência e que a possível desaceleração em curso tende a não ocorrer de forma linear. Ainda há muita incerteza acerca da evolução futura da inflação e, consequentemente, das expectativas de juros. Temos que seguir acompanhando a evolução dos dados para, então, ter uma melhor visualização acerca de uma possível mudança na política de juros do Fed.

IMPACTO NOS JUROS E RENDA FIXA

Mas os juros têm refletido em certa medida essa desaceleração, com as curvas cedendo levemente desde o fim de abril, em especial nos vértices mais longos (juros de 10 anos na linha preta e de 30 anos na linha vermelha).

Fonte: Tradingview.com – 21/jun/2024

E o mercado revendo suas expectativas em relação aos juros, projetando dois cortes ainda este ano e contrapondo aquilo que o Fed apresentou em suas projeções na reunião do dia 12 de junho, ou seja, de que estima um corte de juros apenas para 2024.

Fonte: CME FedWatch Tool – 21/jun/2024

A implicação para investimentos em renda fixa é simples e direta.

Se de fato virmos a evolução desse cenário de desaceleração e controle da inflação, poderemos ver as taxas de juros cederem ainda mais, impactando o nível de retorno (yield) existente na renda fixa nos EUA. Algo que já comentei diversas vezes aqui, ou seja, estamos vivendo um momento único, com um nível de retorno na renda fixa que não era visto em anos nos EUA. Com isso, entendemos que o investidor deve aproveitar o momento para contratualizar taxas de retorno (yield) por períodos de 3 ou 5 anos – investimento em bonds com esse vencimento, através de fundos de investimento com gestão ativa em renda fixa, ou ainda através de ETFs que oferecem exposição a esse tipo de investimento.

E NA RENDA VARIÁVEL

Ora, uma desaceleração da economia não é algo positivo para as empresas; elas tenderiam a vender menos e, consequentemente, lucrar menos. Logo, esse cenário de desaceleração tenderia a ser precificado na bolsa de forma negativa.

Mas não é o que vem acontecendo, com os índices americanos renovando máximas.

Fonte: Tradingview.com – 21/jun/2024

Duas explicações para isso, a meu ver:

  • Primeiramente, as grandes empresas americanas são, em geral, globais e possuem linhas de receitas diversificadas em termos geográficos, sendo assim, menos dependentes da atividade interna americana.
  • Existe a interpretação do mercado de que ainda há espaço para expansão e crescimento com novos vetores da tecnologia, em especial a inteligência artificial, e que isso pode beneficiar as grandes empresas de tecnologia americanas.

Com isso, o destaque obviamente tem ficado novamente com o desempenho do setor de tecnologia, cujas ações têm apresentado a melhor performance (vide tabela abaixo, que mostra o desempenho de diferentes setores pela sua performance no ano – YTD); e a maior parte do fluxo de investimentos tem ido para a bolsa – vide gráfico mais abaixo.

Fonte: Fidelity – 21/jun/2024

Fonte: The Daily Shot – 18/jun/2024

O lado negativo disso é que temos visto uma performance positiva, sim, mas muito concentrada em poucos nomes. Das 500 empresas que compõem o índice, cerca de 130 superam a performance do S&P 500 no ano, enquanto outras 370 apresentam performance inferior.

Implicações e interpretação para renda variável

Seguimos, então, vivendo aqueles dois mundos na bolsa americana, com um universo diminuto de ações se valorizando e passando a negociar a múltiplos bem mais elevados que a média do mercado. E, obviamente, quanto mais sobem, ou quanto mais as ações se valorizam acima do crescimento de seus lucros, elas tendem a ficar mais caras ou, visto de outra forma, embutir maiores expectativas em relação aos seus resultados futuros, o que considero um maior risco. Além disso, torna mais difícil o trabalho de gestores de renda variável e mesmo do investidor em montar um portfólio que consiga obter uma performance superior ou ao menos em linha com os índices.

O gráfico abaixo compara o múltiplo Preço/Lucro das 10 maiores empresas dos EUA com o das demais 490 que compõem o S&P 500, onde podemos ver a discrepância de valor relativo entre esses dois grupos.

Fonte: The Daily Shot – 20/jun/2024

Afora isso, outro risco que preocupa é o impacto que uma desaceleração pode ter na atividade das empresas, o que poderia gerar revisões de lucros por parte do mercado, afetando as ações.

E OS RESULTADOS…

Como mencionamos na semana passada, grande parte dos resultados já foi divulgada, e o mês de junho nos reserva poucos números a serem divulgados. Para esta semana, temos as seguintes empresas divulgando:

Quer investir em renda fixa americana? Abra uma conta na Avenue.

*William Castro Alves é Estrategista-chefe da Avenue Securities


As opiniões transmitidas pelos nossos colunistas são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a opinião da BM&C News.

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Tags: BMC1nelogica
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