O Magazine Luiza anunciou a criação da Magalog, sua nova empresa de logística, com o objetivo de consolidar e ampliar os ativos logísticos do grupo. Com um faturamento inicial de R$ 3 bilhões e uma carteira de 70 clientes, incluindo o próprio Magazine Luiza, a Magalog já desponta no mercado com uma estrutura logística robusta e inovadora. A Magalog inicia suas operações com uma ampla rede de distribuição, composta por 21 centros de distribuição, 2 hubs nacionais, 20 hubs regionais e 153 bases operacionais parceiras. Além disso, conta com uma frota de 6 mil veículos em circulação diária, empregando cerca de 9 mil colaboradores diretos e mais de 3,5 mil colaboradores parceiros.
A nova empresa oferece uma cobertura que atinge 3.800 municípios, abrangendo 95% do PIB nacional. A Magalog também oferece entregas ultrarrápidas, com prazos de até duas horas em 139 municípios. Márcio Chammas, diretor-executivo da Magalog, destaca que a missão da empresa é melhorar o nível de serviço logístico e reduzir significativamente os prazos de entrega, transformando a logística do grupo em uma operação geradora de receita. Além de atender ao Magazine Luiza, a Magalog já oferece soluções logísticas para clientes de peso, como Netshoes, Época Cosméticos, KaBuM! e Centauro. Os serviços incluem armazenagem, fulfillment, entregas ultrarrápidas e uma plataforma proprietária que permite a gestão completa de estoques e o monitoramento em tempo real de entregas.
Com a criação da Magalog, o Magazine Luiza reforça seu compromisso com a excelência logística e busca ganhar ainda mais força no setor, transformando a logística em um diferencial competitivo e ampliando sua presença no mercado nacional.
Análise de Paola Mello, sócia e analista da GTI
Para Paola Mello, sócia e analista da GTI, o investimento do Magazine Luiza nesse segmento logístico faz bastante sentido e tem três pilares fundamentais. “O Magazine Luiza já investiu quase R$ 1 bilhão nesse setor nos últimos seis anos. Esse esforço está consolidado, e o faturamento anual da nova empresa de logística já alcança a casa dos bilhões de reais, com 70% desse valor vindo do próprio Magazine Luiza como cliente e os demais 30% de outras empresas”, explica Mello. Ela destaca que o investimento é coerente por três principais razões: preço competitivo e nível de serviço, exigências que são essenciais para atender ao mercado atual. “Os consumidores querem saber exatamente quando o produto chegará, e o serviço de entrega rápida já se tornou um diferencial indispensável. Além disso, problemas com tentativas de entrega falhas geram custos, algo que o Magazine Luiza agora pode gerenciar internamente com uma empresa própria, melhorando seus indicadores de desempenho.”
Segundo Paola, um terceiro ponto relevante é o efeito positivo da escala logística. “Se um caminhão está em uma região como o Morumbi, ele pode fazer várias entregas no mesmo trajeto, o que otimiza custos. Com a Magalog, o Magazine Luiza consegue potencializar sua operação e ainda captar novos clientes para o serviço, consolidando sua presença no mercado.”
Porém, Paola ressalta que, embora positivo, esse investimento representa uma pequena fatia do faturamento total do Magazine Luiza, que ultrapassa os R$ 40 bilhões. “Esse movimento é interessante do ponto de vista qualitativo, mas não o suficiente para impactar drasticamente o valor das ações. Para os investidores, é um ponto adicional a considerar, mas não algo que, sozinho, justifique uma mudança imediata de posição no papel”, conclui a analista.
