O Ibovespa entrou em fevereiro com o pé direito, encerrando mais um pregão em alta após o bom desempenho de janeiro. A alta desta terça-feira (1), foi impulsionada por conta da entrada expressiva de capital externo para o mercado brasileiro. Somente na última sexta-feira (28), a bolsa recebeu R$ 2,468 bilhões de recursos estrangeiros, acumulando mais de R$ 30 bilhões de saldo positivo em janeiro.
Os investidores iniciam o mês aguardando a decisão sobre a Selic, taxa básica de juros do país. A expectativa é que o Copom aumente a taxa em 1,5 ponto percentual, para 10,75%, na tentativa de conter as pressões inflacionárias.
Entre os principais indicadores do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve alta de 28,39% no acumulado de 2021. Em dezembro, os preços da indústria variaram -0,12% frente a novembro, um recorde para a série histórica, iniciada em 2014.
Já nos EUA, pouco mais de 30 minutos antes do fechamento de mercado, as bolsas de valores de Wall St viraram e fecharam em leve alta. Durante a sessão, os indicadores oscilaram entre perdas e ganhos, mas se mantiveram próximos da estabilidade.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de +0,97%, cotado a 113.228,31 pontos.
O dólar comercial fechou em queda de -0,62%, cotado a R$ 5,272
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta. O S&P 500 fechou em valorização de +0,68% (4.546,35), o Nasdaq registrou alta de +0,75% (14.346,00), enquanto o Dow Jones encerrou o dia subindo em +0,77% (35.403,86).
Confira os destaques desta terça-feira:
Dirigente do Fed defende quatro altas de juros ao longo de 2022 nos EUA
Presidente da distrital de Filadélfia do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Patrick Harker disse considerar apropriado elevar o juro básico nos Estados Unidos quatro vezes ao longo de 2022, com altas de 25 pontos-base cada, durante entrevista à emissora Bloomberg TV. Segundo ele, o BC americano poderia subir o juro em 50 pontos-base caso a inflação volte a subir vertiginosamente, mas ressaltou que está “menos convencido” de que este seria o passo adequado.
Para o dirigente, que tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) este ano, o Fed não está atrás da curva pois a forte inflação nos EUA é provocada principalmente por desequilíbrios entre oferta e demanda, algo que o Fed “pode fazer muito pouco” para resolver, segundo ele. Ao mesmo tempo, Harker ressaltou a necessidade de “agir agora” para tentar controlar a subida nos preços.
Exportação de carne bovina do Brasil salta em janeiro com retomada efetiva da China
As exportações de carne bovina do Brasil avançaram 31% em janeiro no comparativo anual, com o país efetivamente conseguindo elevar os embarques para seu principal comprador, a China, após um embargo de mais de 90 dias encerrado em dezembro, conforme dados do governo federal divulgados nesta terça-feira.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram exportadas 140,5 mil toneladas da proteína in natura no mês passado.
Em dezembro, período de demanda sazonalmente mais aquecida para o setor de carnes, o volume de exportação da proteína bovina do Brasil atingiu 150,9 mil toneladas. Deste total, somente 6,79 mil toneladas foram para o mercado chinês, contra 88,635 mil um ano antes, segundo o Ministério da Agricultura.
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