O Ibovespa renovou seu recorde histórico nesta terça-feira (5), ultrapassando os 152 mil pontos e acumulando 11 pregões consecutivos de valorização. É a sequência de altas mais longa desde 2018. O movimento reflete o otimismo dos investidores com os balanços corporativos do terceiro trimestre e a expectativa em torno das decisões de política monetária no Brasil. “Essa valorização reflete a divulgação de resultados financeiros positivos pelas empresas, que superaram as expectativas do mercado. Esse cenário tem estimulado o interesse dos investidores, especialmente estrangeiros, que têm impulsionado o volume de negociações e contribuído para a contínua alta do índice”, afirma Gabriel Mollo, analista do Daycoval Investimentos.
Entre os destaques corporativos, papéis de bancos e companhias ligadas a commodities continuam sustentando o índice, em meio à percepção de que os resultados do trimestre vieram acima do esperado. O fluxo estrangeiro também segue forte, beneficiado pela taxa de juros real elevada no Brasil e pela busca global por mercados emergentes com fundamentos sólidos.
Para amanhã as perspectivas permanecem positivas, com atenção voltada aos próximos eventos. “Nesta quinta-feira será divulgado o balanço da Petrobras, amplamente aguardado pelo mercado, e também o comunicado pós-reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Embora a expectativa majoritária seja pela manutenção da taxa de juros, o mercado acompanha atentamente possíveis indicações sobre um futuro corte, possivelmente no primeiro trimestre de 2026″, lembra Mollo.
A performance do Ibovespa acompanha também o clima mais favorável no exterior, com bolsas americanas em alta após novos sinais de desaceleração da economia dos Estados Unidos, o que reforça as apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve no início do próximo ano.
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