O Ibovespa atingiu nesta quarta-feira (29) um novo recorde histórico intraday, ao marcar 149.067,16 pontos às 14h14. O desempenho supera a máxima anterior, de 147.976,99 pontos, registrada em 27 de outubro. Ontem (28), o principal índice da Bolsa brasileira registrou máxima de fechamento, aos 147.428,90 pontos.
O avanço reflete o otimismo dos investidores na véspera da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos, combinando-se ao impacto positivo dos balanços corporativos divulgados no Brasil, com destaque para Santander e Hypera.
Os mercados internacionais operam em tom de cautela positiva, com investidores ajustando posições antes do anúncio do Fed, às 15h pelo horário de Brasília. A expectativa majoritária é de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica norte-americana, o que tende a reduzir o custo de capital global e favorecer os ativos de risco em países emergentes.
Enquanto isso, o noticiário corporativo doméstico trouxe impulso adicional ao pregão. O Santander Brasil (SANB11) reportou lucro líquido de R$ 4,01 bilhões no terceiro trimestre, acima das estimativas de analistas e com melhora nos indicadores de inadimplência e rentabilidade. Já a Hypera (HYPE3) apresentou resultados considerados sólidos, sustentados pelo crescimento das vendas e por ganhos de eficiência operacional.
Fluxo estrangeiro e ambiente global favorecem a Bolsa
Além dos balanços, o fluxo de capital estrangeiro tem reforçado o desempenho da Bolsa, em meio à expectativa de políticas monetárias mais brandas nos Estados Unidos e a percepção de um ambiente fiscal doméstico mais previsível. A valorização do real frente ao dólar também contribui para o movimento positivo dos ativos de renda variável.
Com o novo recorde intraday, o Ibovespa se aproxima de consolidar uma sequência de máximas históricas em um curto intervalo de tempo. Caso o cenário externo confirme as expectativas de corte de juros, analistas projetam espaço para novas valorizações no curto prazo, especialmente em setores de bancos, commodities e consumo interno.
O desempenho reforça a percepção de que o mercado acionário brasileiro segue beneficiado por fundamentos sólidos, fluxo estrangeiro consistente e um cenário global mais favorável ao risco.