Neste ano, principalmente após a guerra na Ucrânia, o mercado viu as commodities se destacarem frente os demais setores. Em entrevista à BM&C News, Pedro de Marco, analista da Reach Capital, disse que a tendência é para o petróleo, mas chamou atenção para outra matéria-prima do setor.
“O paládio está em falta, porque é uma reprodutora russa. Então, é outra commodity que explodiu de preço desde a guerra”, disse e explicou que o metal é dominado pela Rússia e que sofreu alta volatilidade devido à série de sanções contra Moscou.
Paládio é um metal usado em catalisadores automotivos para purificar a emissão de gasolina e melhorar o desempenho do motor, tem uma perspectiva de preço sazonal, já que é impactado pela produção mundial de automóveis.
Com isso, pode-se dizer que quanto maior é a fabricação de carros, maior é a necessidade de catalisadores e, logo, maior é a demanda pelo paládio. A guerra na Ucrânia acabou exacerbando a dinâmica.
Na conversa, Pedro também destacou o alumínio e os fertilizantes: “Na parte das commodities agrícolas, nesta questão dos fertilizantes, é muito importante porque tem gente que está plantando agora, então, esse impacto de custo vai vir somente na safra seguinte e isso carrega para frente”.
Em relação ao petróleo, o analista comentou sobre a liberação de reservas por parte dos Estados Unidos: “Eles vão liberando aumentando a oferta de petróleo, porque estão esvaziando suas reservas (…) por isso o preço está caindo hoje”.
Por fim, o especialista mencionou que a China está fazendo um lockdown intenso e isso faz com que também seja reduzida a demanda do petróleo.
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