Empresas brasileiras de peso como Bradesco, Itaú Unibanco, Nestlé, Itaúsa, Natura e Vale já lançaram oficialmente a iniciativa Climate Action Solutions & Engagement (C.A.S.E.), com o objetivo de promover soluções concretas para o enfrentamento da crise climática. A proposta é posicionar o setor privado nacional como protagonista no avanço de uma economia sustentável e resiliente, em sintonia com os objetivos da COP30, que será realizada no Brasil, em novembro de 2026.
O lançamento ocorreu durante a São Paulo Climate Week, com a participação de representantes da sociedade civil, executivos do setor privado e membros da presidência da COP30. A C.A.S.E. surge como um esforço conjunto para selecionar, divulgar e escalar soluções já em curso, lideradas por empresas brasileiras e alinhadas às prioridades da agenda climática global.
Quais são os pilares estratégicos da C.A.S.E.?
As iniciativas apoiadas pela C.A.S.E. serão organizadas em torno de temas prioritários definidos pela presidência da COP30, incluindo:
- Financiamento Climático
- Bioeconomia
- Transição Energética
- Sistemas Alimentares
- Economia Circular
- Infraestrutura
- Transição Justa
Esses pilares servem como base para identificar soluções que conciliam crescimento econômico, inovação e responsabilidade socioambiental, com possibilidade de replicação em outros contextos internacionais.
O que dizem os líderes das empresas envolvidas?
A diretora executiva do Bradesco, Silvana Machado, afirma que “a C.A.S.E. promove a união de diferentes setores da iniciativa privada em um ambiente colaborativo e voltado para a ação”. Ela destaca que o foco é transformar desafios climáticos em oportunidades.
Para Rodolfo Vilella Marino, vice-presidente executivo da Itaúsa, “o Brasil já conta com ciência, tecnologia e engajamento coletivo para impulsionar uma economia próspera e sustentável”. O objetivo da iniciativa, segundo ele, é atrair investimentos internacionais por meio da visibilidade global das soluções nacionais.
Flavio Souza, presidente do Itaú BBA, aponta que “o setor privado brasileiro tem mobilizado esforços e alcançado avanços significativos para uma transição climática com contribuições práticas, aplicáveis e replicáveis”.
João Paulo Ferreira, CEO da Natura, também vê na C.A.S.E. um caminho para mostrar bons exemplos: “é uma oportunidade de mostrarmos boas práticas que geram valor para os negócios e ajudam a enfrentar os desafios climáticos”.
Já Grazielle Parenti, vice-presidente de sustentabilidade da Vale, ressalta a importância da colaboração: “é na ação em rede e na inovação conjunta que reside o verdadeiro potencial de transformação”.
Qual o papel do setor privado no contexto da COP30?
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirma que “o setor privado tem papel fundamental na promoção e implementação das soluções climáticas”, e que a iniciativa será uma grande contribuição para os objetivos da conferência.
Além de reforçar o protagonismo brasileiro, a C.A.S.E. pretende articular soluções entre diferentes setores, enfrentando gargalos que ainda limitam a escalabilidade das ações sustentáveis. A jornada da iniciativa incluirá eventos climáticos nacionais e internacionais, culminando em um espaço próprio na COP30, em Belém.
Ali, serão promovidos painéis, workshops e debates com o objetivo de compartilhar aprendizados, discutir lacunas e estimular a implementação em larga escala das soluções apresentadas.
Por que a C.A.S.E. é diferente?
Ao contrário de outras iniciativas, a C.A.S.E. foca em ações já implementadas que apresentam resultados práticos, ao invés de planos futuros. A proposta é evidenciar que o setor privado brasileiro tem potencial para liderar a transformação rumo a uma economia mais verde, justa e inovadora.
“Todas estas empresas reunidas em torno da C.A.S.E. entendem que a urgência climática é real e necessita de soluções práticas e escaláveis”, conclui Gustavo Bastos, vice-presidente jurídico da Nestlé Brasil, uma das companhias participantes.
Com essa iniciativa, o Brasil dá um passo importante rumo ao protagonismo climático global, demonstrando que o setor empresarial nacional pode ser parte ativa das soluções que o mundo precisa.
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