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O efeito dominó das patentes travadas: como o atraso do INPI paralisa a inovação no Brasil

O sistema de propriedade intelectual brasileiro continua operando em velocidade incompatível com o ciclo global de inovação. Apesar de avanços recentes, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) ainda acumula um estoque de 115 mil pedidos de patente pendentes, com tempo médio de exame que chega a cerca de 10 em algumas áreas estratégicas.

Para setores que dependem diretamente da previsibilidade regulatória, a demora cria um efeito dominó que compromete competitividade, investimentos e geração de empregos qualificados.

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Demora nas patentes: backlog ainda elevado aumenta a incerteza 

Dados mais recentes do INPI mostram que, embora o estoque de processos tenha diminuído em relação ao pico registrado em anos anteriores, o volume atual ainda permanece acima de padrões internacionais.

Nos Estados Unidos, o tempo médio de concessão de patentes está em cerca de 24 meses. Na Europa, varia entre 24 e 30 meses. No Brasil, pedidos depositados há quase uma década ainda aguardam decisão.

A lentidão afeta diretamente os setores mais intensivos em P&D, onde a janela de mercado é decisiva.

“Quando o Estado atrasa, não é só um processo que fica parado. É o investimento que não entra, é o pesquisador que vai embora, é a tecnologia que não nasce. A inovação não resiste ao atraso”, destaca o economista VanDyck Silveira.

Farmacêutica: perda de janela e fuga de pesquisa

Na indústria farmacêutica, uma patente atrasada pode inviabilizar anos de desenvolvimento. Com ciclos de inovação cada vez mais curtos e custos elevados de pesquisa, empresas preferem registrar moléculas e processos em países onde o tempo de exame é previsível.

Executivos do setor afirmam que tecnologias desenvolvidas no Brasil acabam validadas primeiro no exterior e pesquisadores migram junto com elas.

Biotecnologia: capital sem segurança jurídica

Startups de biotecnologia dependem da patente para captar recursos, formar valuation e iniciar testes comerciais.

Com atrasos exagerados, fundos internacionais evitam aportar capital em empresas brasileiras, que muitas vezes optam por abrir CNPJ em países como Canadá, Reino Unido ou Singapura.

Tecnologia da informação: inovação desprotegida

A não patenteabilidade de software no Brasil já coloca o país em desvantagem. Com processos lentos para patentes conexas, como algoritmos aplicados, hardware embarcado e automação avançada, empresas de TI registram proteção primeiro nos EUA e Europa. Sem IP local, o desenvolvimento fica exposto e menos competitivo.

Tecnologias de hidrogênio verde, baterias, eficiência energética e eólica offshore dependem de proteção intelectual antes de iniciarem pilotos de escalonamento. Com o atraso do INPI, empresas deixam de testar soluções no Brasil e deslocam projetos para outros mercados com maior agilidade regulatória.

Saúde digital: IA sem blindagem regulatória

Healthtechs que desenvolvem IA para diagnóstico, dispositivos médicos e plataformas clínicas relatam que investidores exigem patente já depositada e com expectativa realista de concessão.
Com filas longas, hospitais e clínicas hesitam em incorporar tecnologias ainda desprotegidas.

Deep techs: o setor mais impactado

Startups deep tech são as maiores prejudicadas pelo backlog. Sem patente, o valuation cai, fundos recusam rodadas e empresas precisam transferir o núcleo de P&D para países com proteção jurídica imediata.
O resultado é a migração de conhecimento, equipes e propriedade intelectual.

Impacto econômico: investimentos perdidos e empregos não gerados

A lentidão das patentes produz um efeito direto na economia:

  • Centros de P&D deixam o país e passam a operar em ecossistemas mais dinâmicos.
  • Fundos internacionais evitam investir em deep techs brasileiras pela falta de previsibilidade.
  • Empregos qualificados deixam de ser criados, especialmente em biotecnologia, farmacêutica, energia e TI.
  • Startups perdem competitividade global e criam menos tecnologia proprietária.

O impasse legislativo que trava a inovação

A agenda legislativa adiciona uma camada decisiva ao problema. A Emenda 4, hoje o ponto mais sensível das negociações no Congresso, propõe compensar o titular quando o Estado ultrapassar o prazo legal de análise, restituindo o período efetivo de proteção perdido pela demora.

Paralelamente, o debate sobre o PTA (Pedido de Patente em Tramitação) e as propostas de revisão da Lei de Propriedade Industrial (LPI) reacenderam a discussão sobre segurança jurídica no sistema de inovação. Para o setor produtivo, essas mudanças definem se o país oferecerá previsibilidade compatível com padrões internacionais ou se manterá um modelo no qual o atraso estatal reduz a eficácia da proteção intelectual e desestimula investimentos estratégicos.

Inovação não acontece sem previsibilidade

O atraso do INPI deixou de ser um problema técnico, tornou-se um obstáculo para a estratégia de desenvolvimento econômico do país. 

Sem decisões rápidas, empresas deixam de inovar, investidores buscam outros mercados e empregos de alta qualificação deixam de existir.

 

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