Tesouro Direto Ainda é Atraente? Conheça os Títulos Mais Procurados neste começo de mês.
Apesar de estar em um ciclo de corte da taxa Selic, o mercado de renda fixa continua a ser uma opção atrativa para o investidor. Março mostrou um interesse notável nos títulos do Tesouro Direto, principalmente o Tesouro Selic, que foi o mais demandado segundo os últimos dados divulgados.

Quais Foram os Títulos do Tesouro Mais Comprados?
No último mês, o sistema registrou mais de 550 mil operações de investimento. A preferência foi majoritariamente por aplicações de valor até R$ 1 mil, representando 58,8% do total. Os títulos com períodos de vencimento entre 1 e 5 anos foram os mais procurados, alcançando 64,9% das vendas, enquanto os de longo prazo, de mais de 10 anos, representaram 20,4% do mercado.
Por Que o Tesouro Selic Foi o Preferido dos Investidores?
O Tesouro Selic, indexado à taxa Selic, alcançou em vendas a marca de R$ 2,17 bilhões, o que corresponde a 61,5% do total de operações realizadas. Fabrício Silvestre, analista de renda fixa, aponta que a mudança nas expectativas de uma taxa Selic mais alta ao final do ciclo de cortes do Copom pode ter incentivado o interesse nesse título por oferecer menor volatilidade e maior atratividade em períodos de incertezas.
Como Funciona o Investimento em Tesouro Direto?
Investir no Tesouro Direto significa emprestar dinheiro ao governo, que em troca oferece uma remuneração, que pode ser prefixada, ligada à inflação ou à Taxa Selic. Os títulos possuem datas de vencimento, mas é possível resgatar o investimento antes, com o rendimento seguindo a variação do papel no mercado até aquele momento.
Essa forma de investimento é cotada como conservadora, frequentemente recomendada para quem tem menor tolerância a riscos. Assegura-se, desta maneira, uma segurança maior para o capital investido, ajustando-se à preferência e ao perfil de cada investidor.
Títulos Indexados à Inflação e para Fins Específicos Também Tiveram Destaque
Apesar da liderança do Tesouro Selic, outros títulos também tiveram destaque nas vendas de março. Títulos atrelados à inflação como o Tesouro IPCA+ e o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, além dos focados em objetivos específicos como educação ou aposentadoria (Tesouro Educa+ e Tesouro RendA+), somaram R$ 1,06 bilhão em vendas, sendo relevantes opções para diversificação de carteiras.
Por fim, os títulos prefixados, que possuem rentabilidade definida no ato do investimento e não dependem de indicadores, movimentaram R$ 304,5 milhões em vendas, evidenciando que ainda há espaço para investimentos com rendimentos pré-fixados no mercado.