A semana entre 16 e 20 de setembro promete ser decisiva para os mercados financeiros globais, com foco na chamada “Super Semana”, onde diversos bancos centrais, incluindo o FED (EUA), COPOM (Brasil), e autoridades monetárias do Japão, Reino Unido, China, Turquia e outros países emergentes, definirão suas políticas de juros. Esse cenário vem após a divulgação de dados econômicos fracos da China, que aumentam a pressão sobre as decisões que podem influenciar os mercados globais.
Na segunda-feira (16), mercados de países como Japão, China e México estarão fechados devido a feriados, o que pode resultar em menor liquidez. No entanto, os olhos estarão voltados para a Europa, com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor na Itália e a Balança Comercial da Zona do Euro. No Brasil, será publicada a nova edição do Relatório Focus do Banco Central, com projeções atualizadas sobre a economia.
O ponto alto da semana será a “Super Quarta” (18), quando o FED divulgará sua tão esperada decisão de política monetária, acompanhada por uma coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell. No mesmo dia, o COPOM decidirá o futuro da taxa Selic, gerando grande expectativa no mercado brasileiro. Além disso, dados como licenças de construção e construção de novas casas nos EUA também serão divulgados, o que poderá impactar as previsões econômicas para o país.
Na B3, dois eventos importantes agitam o mercado: o vencimento de opções sobre o Ibovespa (18) e o vencimento de opções sobre ações (20), momentos que costumam provocar volatilidade adicional no índice.

Com tantas decisões e dados relevantes sendo divulgados, operadores como Francisco Alves destacam a importância de acompanhar de perto esses eventos, já que “as decisões de política monetária e indicadores econômicos serão determinantes para os rumos do mercado nos próximos meses”. Além disso, ele aponta que a recente valorização do iene pode gerar um impacto significativo nas operações de carry trade, especialmente diante das possíveis mudanças na taxa de juros do Japão.
No cenário das commodities, o petróleo e o ouro têm mostrado recuperação, com o ouro alcançando alta histórica na última semana, cotado a US$ 2.614,60. O mercado continuará atento às flutuações desses ativos, principalmente diante das incertezas sobre as políticas monetárias globais e os impactos de longo prazo sobre a inflação.