A arrecadação da União alcançou R$ 226,75 bilhões em novembro, o maior valor já registrado para o mês, segundo a Receita Federal. Em termos reais, o avanço foi de 3,75% na comparação com novembro de 2024. No acumulado de janeiro a novembro, a arrecadação somou R$ 2,59 trilhões, com crescimento real de 3,25%.
Apesar do recorde, os números indicam que o desempenho segue sustentado principalmente por aumento de carga tributária e receitas pontuais, enquanto a atividade econômica começa a mostrar sinais de desaceleração. As receitas administradas pela Receita Federal cresceram apenas 1,06% em termos reais em novembro, evidenciando menor tração na base regular de arrecadação.
Aumento do IOF foi destaque na arrecadação
Entre os principais vetores do crescimento estão o IOF, que somou R$ 77,55 bilhões no acumulado do ano, alta real de 19,88%, impulsionado por mudanças legislativas, e o PIS/Cofins, que chegou a R$ 528,85 bilhões, influenciado pela tributação das apostas online. Apenas a arrecadação com bets saltou de R$ 62 milhões para R$ 8,82 bilhões em 2025.
Por outro lado, tributos mais ligados à atividade produtiva mostram desempenho fraco. A arrecadação de IRPJ e CSLL cresceu apenas 1,44%, enquanto o IPI avançou 0,57%, refletindo a estagnação da indústria e margens empresariais pressionadas.
O resultado reforça a capacidade do governo de elevar receitas no curto prazo, mas também evidencia fragilidade estrutural, com maior dependência de impostos e fontes voláteis, levantando dúvidas sobre a sustentabilidade da arrecadação em um cenário de crescimento mais fraco.












