O Microempreendedor Individual, mais conhecido como MEI, é uma das formas mais praticadas de formalização no Brasil, permitindo que pequenos negócios acessem benefícios previdenciários e facilidades fiscais. Muitos brasileiros têm dúvidas sobre a possibilidade de receber benefícios sociais ao possuir um CNPJ como MEI. Este tema levanta questionamentos relevantes sobre o acesso a programas como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Pé-de-Meia para estudantes. Entender as regras é fundamental, especialmente quando a renda familiar é determinante para a concessão desses auxílios.
A principal preocupação dos microempreendedores individuais gira em torno do impacto do cadastro como pessoa jurídica na manutenção de benefícios sociais. Há um receio comum de que a formalização possa interferir negativamente no acesso a auxílios destinados às famílias de baixa renda. Entretanto, o que realmente influencia essas concessões é a renda per capita do núcleo familiar, e não apenas o fato de o cidadão possuir um CNPJ. Por isso, é indispensável manter o Cadastro Único (CadÚnico) sempre atualizado, para que as informações reflitam de forma fiel a realidade financeira do grupo familiar.
MEI pode receber benefícios sociais no Brasil?
Possuir um registro de Microempreendedor Individual não desclassifica o cidadão de receber programas sociais governamentais. O critério principal para acesso a esses benefícios continua sendo a renda familiar per capita. Isso significa que, mesmo com a formalização do negócio, se a renda por integrante não ultrapassar o limite estabelecido para cada programa, o direito aos benefícios é preservado. As autoridades responsáveis orientam que, ao avaliar o cadastro, será considerada a soma de todos os rendimentos de quem reside na mesma casa, dividida pelo número de pessoas.
No ano de 2025, o cálculo da renda para inclusão nos programas sociais leva em conta salários, rendimentos de pequenas atividades e eventuais auxílios já recebidos. O faturamento do MEI pode ser declarado, porém, é o valor líquido realmente disponível ao grupo familiar que determina a elegibilidade. Dessa forma, quem atua como microempreendedor e mantém renda compatível com as exigências dos programas pode solicitar benefícios sem riscos, desde que esteja devidamente cadastrado no CadÚnico.
Quais benefícios sociais estão disponíveis para quem é MEI?
Diversos benefícios sociais contemplam microempreendedores individuais, desde que cumpridos os critérios de renda. Entre eles, o Bolsa Família se destaca como um dos programas mais buscados. Para ter acesso a esse auxílio, a renda por pessoa da família deve ser de até R$ 218 mensais em 2025. O valor recebido é calculado de acordo com a quantidade de integrantes e a composição familiar, podendo ser acrescido por filhos, gestantes e lactantes.
- Bolsa Família: contempla famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 218, mesmo que algum integrante seja MEI.
- Tarifa Social de Energia Elétrica: beneficia quem tem renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759 em 2025), oferecendo desconto significativo na conta de luz.
- Pé-de-Meia: iniciativa voltada para estudantes do ensino médio público, funcionando como uma poupança que pode ser recebida por filhos de MEI, desde que estejam no CadÚnico, frequentem a escola e tenham bom rendimento.
Vale ressaltar que cada benefício tem uma forma de cálculo e requisitos próprios. A permanência nesses programas requer atualização periódica dos dados cadastrais no CadÚnico, além do cumprimento de regras específicas, como frequência escolar e comprovação de renda real.

Como solicitar e manter benefícios sociais sendo MEI?
A solicitação de benefícios sociais por microempreendedores individuais passa, obrigatoriamente, pelo Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Este registro é responsável por reunir todas as informações socioeconômicas das famílias brasileiras, servindo como base para a avaliação dos pedidos de auxílio. Para fazer ou atualizar o cadastro, o cidadão pode se dirigir a um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) presencialmente ou usar os canais digitais disponíveis, como o site oficial do Governo Federal.
- Dirigir-se ao CRAS mais próximo com documentos pessoais e comprovante de residência.
- Preencher o formulário com atualizações de renda, composição familiar e condições de moradia.
- Realizar a atualização sempre que houver alteração no perfil trabalhista ou novo empreendimento, como a abertura do MEI.
Mantendo o CadÚnico atualizado, a análise para concessão dos benefícios é realizada com base na renda real da família, respeitando os limites dos programas sociais. O simples fato de registrar-se como MEI não retira automaticamente o direito aos benefícios, a menos que a renda extrapole os parâmetros determinados pelas políticas públicas vigentes. Por isso, é essencial acompanhar o faturamento do negócio e garantir que ele não supere o teto permitido pela legislação para o recebimento de cada benefício.
O MEI pode perder benefícios sociais ao aumentar sua renda?
O acesso aos principais programas sociais pode ser mantido pelo MEI somente enquanto a renda mensal por pessoa da família estiver dentro dos limites estipulados pelo governo. Caso o microempreendimento cresça e ultrapasse o valor estabelecido para determinado benefício, há risco de suspensão ou exclusão temporária do auxílio. Esse controle é feito por meio das informações prestadas ao CadÚnico e cruzamento de dados com órgãos oficiais, sendo necessário reportar toda mudança relevante na renda familiar.
De forma geral, recomenda-se atenção ao controle dos ganhos, atualização cadastral frequente e avaliação constante das regras de cada programa. Assim, o microempreendedor evita surpresas desagradáveis e pode conduzir seu negócio com maior segurança, conciliando o trabalho formalizado com a manutenção de direitos sociais, quando elegível.