O Programa Bolsa Família representa uma das principais iniciativas de transferência de renda do governo brasileiro, com o objetivo de garantir maior equidade social e diminuir os índices de pobreza no país. No ano de 2025, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) promoveu alterações relevantes, ampliando os grupos prioritários aptos a ingressar no programa. Essas novidades buscam fortalecer a proteção das famílias em condição de vulnerabilidade.
A atualização normativa, publicada em julho de 2025, traz mudanças significativas ao incluir novos perfis de famílias que enfrentam considerável fragilidade econômica e social. Com isso, o programa reforça sua missão de proporcionar segurança alimentar, garantir uma renda mínima e ampliar os direitos a quem mais precisa.
Quais grupos prioritários foram inseridos no Bolsa Família em 2025?
Na nova regulamentação, foram adicionados três novos grupos prioritários: famílias com pessoas em situação de rua cadastradas no CadÚnico, famílias identificadas pelo Ministério da Saúde em risco de insegurança alimentar, além de famílias em situação de risco social relacionado à violação de direitos, mapeadas pelo Prontuário SUAS. Essa expansão se alinha à perspectiva de ampliar a proteção aos cidadãos em situação de alto risco.
Esses novos perfis passarão a compor a folha de pagamento do benefício a partir de 18 de julho de 2025. A inclusão acontece em resposta às necessidades emergentes observadas pelos órgãos de assistência social, que continuamente avaliam o cenário das famílias em situação de maior vulnerabilidade no território brasileiro.
Quem já era considerado prioridade no Bolsa Família?
Os grupos admitidos nesta nova etapa somam-se àqueles já reconhecidos como prioritários desde 2023. Entre eles, estão famílias que contam com integrantes submetidos ao trabalho infantil, pessoas resgatadas de condições análogas à escravidão, quilombolas, povos indígenas e famílias atuando com a coleta de materiais recicláveis. Essa lista reflete a preocupação do poder público com distintos contextos de exclusão social, buscando garantir não apenas o acesso ao benefício, mas também o respeito aos direitos fundamentais dessas populações.
- Famílias em situação de rua registradas no Cadastro Único
- Pessoas em risco de insegurança alimentar, apontadas pelas autoridades de saúde
- Pessoas em situação de risco social por violação de direitos
- Famílias com crianças ou adolescentes em trabalho infantil
- Pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão
- Grupos quilombolas e indígenas
- Famílias de catadores de materiais recicláveis
Como funcionam as regras e o pagamento do Bolsa Família atualmente?
O principal critério para participar do programa é possuir renda mensal de até R$ 218 por pessoa no núcleo familiar. A soma dos rendimentos é dividida pelo total de moradores da casa, e, caso o resultado se enquadre no limite estabelecido, a família pode solicitar o benefício.
O valor mínimo do benefício é de R$ 600 por família, com acréscimos que variam de acordo com a composição familiar e a presença de integrantes em situações específicas. Entre os benefícios adicionais, destaca-se o auxílio para mães com bebês de até 6 meses, gestantes, crianças e adolescentes, conforme descrito:
- Parcela de R$ 50 mensais para gestantes e filhos entre 7 e 18 anos
- Parcela especial de R$ 150 para crianças de até 6 anos
- Benefício variável familiar nutriz: seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês com até 6 meses
O saque do Bolsa Família é realizado preferencialmente nos dez últimos dias úteis do mês. Os beneficiários acessam informações sobre pagamentos, valores e datas por meio do aplicativo Caixa Tem. É possível movimentar o recurso virtualmente ou sacar em terminais da Caixa Econômica Federal, casas lotéricas ou em outros canais autorizados.
Quais cuidados são necessários para receber o Bolsa?
Todos os grupos, inclusive os priorizados recentemente, devem manter seus dados atualizados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). A atualização constante é fundamental para garantir a entrada, a permanência e o recebimento correto das parcelas do programa. Além disso, as equipes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e das unidades relacionadas continuam acompanhando as famílias, orientando e monitorando possíveis mudanças nos perfis de vulnerabilidade.
Em resumo, as mudanças implementadas pelo MDS em 2025 representam um passo importante na luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades sociais. Ao ampliar o alcance do Bolsa Família, o governo reforça o compromisso de garantir mais dignidade e oportunidades para milhões de brasileiros em situação de extrema necessidade, promovendo o desenvolvimento social e o acesso a direitos essenciais para todos.
