
A tonelada de minério, que possui teor de 62% de ferro, registrou queda de 6,6% no porto de Qingdao, para US$ 171,55, segundo publicação especializada Fastmarkets MB, na última quinta-feira (5).
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Diante disso, neste mês a commodity passou a exibir queda acumulada de 5,5%, já os ganhos em 2021 foram reduzidos para 6,9%. Esse resultado indicou o menor nível em quatro meses no mercado.
O analista Alan Ghani avaliou o cenário e disse que o preço do minério deve se estabilizar em curto prazo: “Eu vejo que essa questão da China é muito mais de curto prazo do que uma tendência de longo prazo e de estabilização do preço do minério de ferro neste patamar. Então eu acredito que essa queda está muito mais relacionada com essa intervenção do que algo mais apegado aos fundamentos do minério de ferro, por isso não viria com grandes preocupações em médio e longo prazo”, analisou o especialista em entrevista à BM&C News.
Na análise, Alan também explica como fica a China diante desse cenário.
Confira a análise na íntegra:
Alíquota do minério de ferro
Na última quarta-feira (4), o Relator do projeto do Imposto de Renda, Celso Sabino (PSDB-PA), propôs aumentar para 5,5% a alíquota da CFEM sobre minério de ferro. O analista de política, Erich Decat, avalia impactos do cenário nas empresas do setor.
“A grande questão da Vale e outros setores de mineração, é que nesta proposta que o relator está desenhando, ele só pode sinalizar o aumento. E esse aumento só pode ser concretizado no segundo momento, na discussão de uma PEC”, disse.
“Por mais que possa causar volatilidade, a ideia é de taxar a CFEM, eu falo de uma forma categórica, mas que isso seja de fato concluído aqui no congresso, a gente vai levar ainda um tempo muito longo, e eu não vejo nenhuma possibilidade de isso acontecer no curto, médio e longo prazo”.
A definição da taxação pode mexer com as ações da Vale (VALE3) e empresas ligadas ao setor de commodities.
Confira a entrevista na íntegra: