Em agosto, após períodos ruins, muita gente comemorou a queda da taxa de desemprego para 13,2% em agosto, de acordo com os dados da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Mesmo com esse recuo, o desemprego continua altíssimo, com quase 14 milhões de pessoas que seguem buscando emprego no país.
Segundo os especialistas, aparentemente a taxa de desemprego deve continuar caindo nos próximos meses. No entanto, essa queda será lenta. A expectativa é que o desemprego não fique abaixo de 10% antes de 2024 ou até 2025.
“A tendência é que a taxa caia nos próximos meses. Mas essa queda acontecerá em ritmo lento, porque tem muita gente retornando para o mercado de trabalho com o avanço da vacinação”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da área de economia aplicada do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
Ainda de acordo com o pesquisador, a taxa continuará em dois dígitos pelo menos nos próximos três anos. “Só em 2025, com alguma sorte, vamos ter taxa de desemprego em um dígito. Até lá, o crescimento vai ter que acelerar bastante.”
Para outros especialistas, a taxa deve ficar abaixo de 13%, próximo de 12,5%, com o ano de 2022 estável. A taxa só deve ficar abaixo dos 10% após o ano de 2023.
