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Como o conflito entre Israel e Irã impacta petróleo, dólar e juros no Brasil, segundo especialistas

Renata NunesPor Renata Nunes
13/06/2025

O ataque aéreo de Israel às instalações nucleares e bases militares do Irã, ocorrido nesta semana, representa mais do que uma ofensiva pontual: trata-se de uma mudança significativa no equilíbrio geopolítico do Oriente Médio, com impactos imediatos nos mercados globais, na diplomacia internacional e na segurança energética.

A operação, que mirou os complexos de Natanz e Fordo, foi interpretada por autoridades iranianas como uma “declaração de guerra”, e motivou um pedido formal ao Conselho de Segurança da ONU. Até o momento, não há registros de vazamentos radioativos, mas analistas alertam para uma escalada de consequências de longo alcance, inclusive para países como o Brasil.

Ataque ao Irã era previsível e ameaça economia global, segundo especialista

Roberto Dumas, mestre em economia, considera a ofensiva israelense como um movimento esperado, principalmente após a vitória de Donald Trump e o agravamento das tensões regionais.

“Hamas, Hezbollah e Houthis só sobrevivem com dinheiro do Irã. Esse ataque de Israel era previsível. O fechamento de rotas como o estreito de Hormuz, Baba el-Mandeb e o Canal de Suez afeta o comércio global, aumenta o custo de fretes e encarece o petróleo”, explica Dumas.

O especialista destaca que esse movimento pressiona diretamente países importadores de energia, como o Brasil. “A alta do petróleo trava a política de abrasileirar o combustível, defendida pelo governo, e pode obrigar o Banco Central a manter os juros altos por mais tempo, prejudicando o crescimento”, analisa.

Israel viu janela estratégica e regime do Irã está fragilizado, diz Igor Lucena

O economista e doutor em Relações Internacionais Igor Lucena afirma que Israel aproveitou um momento de fragilidade militar e econômica do Irã para lançar o ataque. Segundo ele, o regime dos aiatolás está desgastado interna e externamente. “Benjamin Netanyahu percebeu que o Irã está enfraquecido, sem apoio popular e sem recursos após anos sustentando o Hamas, Hezbollah e a guerra no Iêmen”, afirma Lucena.

O especialista também lembra que a escalada ocorre dias após o príncipe saudita Mohammed bin Salman declarar que a Arábia Saudita buscaria armamento nuclear se o Irã adquirisse bombas atômicas. “Israel age para impedir essa corrida. O serviço secreto israelense teve sucesso absoluto: cientistas foram assassinados, bases foram destruídas e até uma fábrica de drones iraniana foi identificada como infiltrada por Israel”, aponta.

No entanto, ele faz um alerta: “Se o Irã estiver, de fato, a semanas de construir bombas atômicas, como alega Israel, o risco agora é maior. A ofensiva pode acelerar o programa nuclear iraniano, caso Teerã veja na bomba sua única forma de defesa.”

Ataque ao Irã é estratégico, mas pode fracassar politicamente, segundo Marcus Vinicius de Freitas

Para o professor de Relações Internacionais Marcus Vinicius de Freitas, o ataque de Israel é parte de uma estratégia mais ampla de enfraquecer o chamado “Eixo da Resistência”, que reúne aliados do Irã na região e tenta provocar uma mudança de regime em Teerã. “Israel quer eliminar o núcleo do poder iraniano e garantir sua supremacia militar no Oriente Médio. Desde o fim do governo dos xás, não se via uma situação tão grave para o regime dos aiatolás”, observa Freitas.

Além do impacto direto, o especialista aponta consequências geopolíticas mais sutis: “Trump se beneficia com a insegurança. A demanda por ativos seguros, como os títulos do Tesouro americano, aumentou. Isso ajuda a recompor a atratividade desses papéis após as perdas causadas pelo tarifaço”, avalia.

Freitas também destaca o risco diplomático de longo prazo: “O ataque compromete os esforços de reaproximação entre Irã e Arábia Saudita, mediado pela China, e isola Israel. Mesmo aliados como Reino Unido e França passaram a questionar a legitimidade da ação.”

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Ataque ao Irã e os impactos globais

O preço do petróleo já subiu mais de 7% desde o início do conflito, segundo dados de mercado, e analistas alertam para novas altas caso o estreito de Hormuz, por onde passa um quinto do petróleo global, seja bloqueado.

Além disso, as bolsas globais caíram com a aversão ao risco, e o dólar se fortaleceu, impactando países emergentes. O Brasil, em particular, pode sentir os efeitos no preço dos combustíveis, na inflação e na trajetória da Selic, justamente num momento de desaceleração econômica.

“A instabilidade derruba o apetite por risco e atrasa decisões de investimento. Se o conflito se prolongar, o impacto não será apenas diplomático, mas também fiscal e monetário”, resume Dumas.

O que esperar dos próximos dias?

O cenário ainda é de alta imprevisibilidade. Especialistas acreditam que o Irã deve reagir, mas com cautela, diante da assimetria tecnológica com Israel. A grande incógnita é o papel de atores como China, Rússia, Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes, além da possível postura do governo brasileiro, que ainda não se manifestou oficialmente.

Para Lucena, Netanyahu vê essa como uma “guerra inevitável” para garantir o futuro do Estado de Israel. Para Freitas, o risco maior é que, ao tentar impedir o programa nuclear iraniano, Israel acabe legitimando sua aceleração.

“Guerras preventivas, historicamente, não garantem estabilidade. Muitas vezes, elas antecipam o que tentavam evitar”, conclui Freitas.

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