No mundo dos negócios, o cenário pode ser imprevisível e as mudanças costumam ocorrer rapidamente. Como exemplo, analisemos um evento recente que envolveu a gigante do varejo Americanas (AMER3). A empresa registrou queda significativa em suas ações nesta terça-feira, dia 28 de novembro. As ações da empresa deslizaram uma impressionante 7,69%, em meio ao dia de negociação, atingindo a marca de R$ 0,96.
Esta queda ocorreu depois de um evento significativo para a empresa. Na segunda-feira, dia 27 de novembro, a Americanas selou um acordo com seus principais credores. Este acontecimento foi de tal impacto que a administração da empresa julgou necessário emitir um comunicado divulgando a informação relevante para o mercado.
O que levou a essa queda expressiva?

De acordo com Rafael Passos, sócio e analista da Ajax Asset, a falta de novos disparadores de alta para a ação é um dos principais fatores. Em outras palavras, o acordo com os credores foi o maior gatilho de alta no curto prazo, e agora que isso foi resolvido, parece que não há nada imediato no horizonte para impulsionar as ações para uma trajetória ascendente. Acrescente-se a isso o fato de que o processo de recuperação judicial da empresa ainda será um caminho longo e complexo.
O que esperar do futuro?
O plano da empresa, que será votado em uma assembleia geral de credores marcada para 19 de dezembro, prevê a capitalização de R$ 24 bilhões. Isso será dividido igualmente entre os acionistas de referência da Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sucupira – e uma conversão de dívida concursal pelos credores. Após a implementação deste plano, a expectativa é que a dívida bruta da empresa seja reduzida consideravelmente, passando de R$ 40 bilhões para R$ 1,875 bilhão.
No final do dia, o mercado financeiro é um ambiente dinâmico e em constante mudança, repleto de altos e baixos. Empresas, especialmente aquelas do tamanho das Americanas, precisam estar preparadas para enfrentar esses desafios e fazer as mudanças necessárias para garantir sua sobrevivência e prosperidade.