
A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou nesta terça-feira (16) uma nova política para definição de preços de diesel e gasolina, em substituição à política de Preço de Paridade de Importação (PPI). O anúncio era esperado pelo mercado.
Segundo o comunicado da estatal, a estratégia comercial usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente, o valor priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo tem as principais alternativas de suprimento, enquanto o marginal é baseado no custo de oportunidade entre as alternativas para a companhia.
Dessa forma, contrariando as expectativas de muitos especialistas, os ativos da petroleira reagiram bem ao comunicado da empresa, apresentando uma alta consistente. Portanto, a pergunta que fica é: porque os ativos estão subindo.
Para o especialista em Investimentos da SaraInvest, Alex André, a resposta a essa questão é uma só: o mercado nem sempre é racional e previsível. Analisando as perspectivas para a companhia em participação à BM&C News, Alex André explica que não há nenhuma justificativa para a alta das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) em mais de 3% nesta terça.
“Não só essa questão de política de preços, mas também toda a expectativa de geração de caixa da companhia e a destinação disso geram as mesmas preocupações. A nova política de preços é positiva para a governança corporativa? Essa mudança traz algum embasamento para o investidor institucional ou estrangeiro? Eu creio que as respostas para essas perguntas sejam não. Então nem tudo é racional na bolsa. Eu continuo sendo crítico a esse movimento”, avalia o especialista.