Com a jornada home office, na pandemia, e a mudança de comportamento da população, vem sendo discutido mundialmente sobre a semana de trabalho de quatro dias.
Um levantamento feito pela plataforma de anúncios de vagas, Emprego.com.br, e divulgado pelo Valor Econômico, mostrou que 81% dos profissionais brasileiros preferem trabalhar quatro dias e folgar três. Das 2.552 pessoas ouvidas, 13% ainda têm dúvidas em relação ao modelo de trabalho e 6% acreditam que não funciona.
No entanto, as empresas brasileiras não se mostram abertas a essa nova iniciativa. Apenas 4,9% das corporações são a favor da jornada reduzida, segundo o mesmo levantamento. Enquanto 71,1% ainda não têm um posicionamento definido e 25% se posicionam contra. Para chegar a esse resultado, foram ouvidas 251 empresas cadastradas na base da Empregos.com.br.
Vale destacar que a redução na jornada de trabalho dos funcionários não prevê cortes nos salários. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o valor só pode ser reduzido em casos de acordos coletivos.
No Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, especialistas têm destacado os benefícios de uma semana de trabalho com um dia a mais de descanso, melhorando a qualidade de vida, e como o trabalho flexível pode ajudar a reter talentos e levar a uma maior produtividade.
Entre 2015 e 2019, a Islândia reduziu a jornada de trabalho para 35 horas semanais, com quatro dias úteis. Lá, o resultado mostrou profissionais mais produtivos, engajados e motivados.
O Reino Unido está testando a jornada com um dia a mais de descanso para os 3,3 mil funcionários de 70 empresas. O teste, de seis meses, iniciou-se em junho e tem o intuito de entender sobre a produtividade dos profissionais.
