O último pregão da B3 em 2025 e o penúltimo das bolsas em Nova York ainda reservam pontos relevantes de atenção para os investidores. Mesmo com o mercado já operando em ritmo reduzido por conta do calendário, a agenda econômica desta terça-feira concentra indicadores capazes de influenciar expectativas para o início de 2026, tanto no Brasil quanto no exterior.
No cenário internacional, o destaque fica para a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, prevista para as 16h. O documento será analisado em um ambiente em que o mercado já precifica, com probabilidade próxima de 85%, uma pausa nos juros americanos na reunião de janeiro. A expectativa é que a ata reforce o discurso de cautela do banco central dos EUA, especialmente diante da resiliência do mercado de trabalho e da trajetória ainda sensível da inflação.
No Brasil, o foco recai sobre o mercado de trabalho e a leitura de que o Banco Central deve adiar o início do ciclo de cortes da Selic para março. Nesse contexto, os dados divulgados ao longo do dia ganham peso adicional para calibrar as apostas sobre a política monetária.
Pela manhã, o IBGE informou que a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua recuou para 5,20% em novembro, ante 5,40% em outubro. O número veio abaixo do consenso de mercado, que projetava estabilidade em 5,40%, reforçando a percepção de um mercado de trabalho ainda apertado.
Mais cedo, às 8h30, foi divulgado o resultado do setor público consolidado de novembro, indicador acompanhado de perto para avaliar a dinâmica fiscal e a trajetória da dívida. Já no período da tarde, às 14h, o Caged de novembro completa o quadro do emprego formal, ajudando a medir o ritmo de contratações e possíveis pressões adicionais sobre a inflação.
Além dos indicadores, o mercado acompanha ainda novos desdobramentos envolvendo o Banco Master, que segue no radar dos investidores por conta de questões societárias e regulatórias, mantendo o tema sensível mesmo no encerramento do ano.













