BM&C NEWS
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
Sem resultado
Veja todos os resultados
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
Sem resultado
Veja todos os resultados
BM&C NEWS
Sem resultado
Veja todos os resultados

Barulho militar, interesse econômico: o que está por trás da tensão EUA-Venezuela

Especialistas avaliam que pressão dos EUA sobre a Venezuela busca influenciar o mercado de energia, sem indicativos de conflito armado

Renata NunesPor Renata Nunes
22/12/2025

A recente escalada entre Estados Unidos e Venezuela, marcada por ameaças de interceptação de petroleiros e discursos mais duros por parte de Donald Trump, tem provocado reações imediatas nos mercados de petróleo.

Apesar do barulho militar, especialistas ouvidos pela BM&C News avaliam que o movimento está menos ligado a uma preparação concreta para um conflito armado e mais associado a interesses econômicos, políticos e estratégicos, com destaque para o controle do preço do petróleo e a sinalização ao eleitorado doméstico americano.

EUA-Venezuela: a disputa por petróleo

Para o economista VanDyck Silveira, Trump atua de forma essencialmente pragmática, com uma lógica mais próxima à de um trader do que à de um líder ideológico.

“A postura dura em relação à Venezuela atende, em primeiro lugar, a um público específico dentro dos Estados Unidos, um eleitorado conservador, de baixa escolaridade, impactado pela perda de empregos industriais e historicamente sensível a discursos de segurança, imigração e combate ao tráfico de drogas“, destaca.

Além da dimensão política interna, Silveira destaca um interesse econômico claro: o petróleo venezuelano. Após as desapropriações promovidas durante o governo Hugo Chávez, empresas americanas perderam espaço no país. Na avaliação do economista, Trump enxerga a Venezuela como um ativo estratégico em um momento de crescimento acelerado da demanda global por energia, impulsionada pelo avanço da inteligência artificial, dos data centers e da economia digital.

“A ideia é garantir oferta abundante e barata de energia para sustentar esse novo ciclo de crescimento”, afirma.

Energia barata como âncora da política econômica

O preço do petróleo ocupa papel central nessa estratégia. Para Trump, níveis elevados representam risco inflacionário direto, especialmente para a população de menor renda, altamente dependente do transporte individual e do consumo de gasolina. Na leitura de VanDyck Silveira, o patamar considerado “ideal” estaria abaixo de US$ 80 o barril, com níveis próximos a US$ 50 ou US$ 40 ainda mais favoráveis.

Nesse contexto, as ameaças envolvendo a Venezuela funcionam como instrumento de pressão e negociação, mas não necessariamente como prelúdio de uma guerra.

“Trump age independentemente da reação imediata do mercado, pois sua prioridade estrutural é manter o petróleo barato para preservar poder de compra, controlar a inflação e sustentar o crescimento econômico”, conclui.

Guerra aberta entre Estados Unidos e Venezuela é improvável, avalia especialista

Na avaliação do professor de Relações Internacionais, Marcus Vinicius de Freitas, uma guerra direta entre Estados Unidos e Venezuela é, no cenário atual, pouco provável. O motivo não é a falta de capacidade militar americana, mas o elevado custo político, estratégico e regional que uma intervenção desse tipo traria, com ganhos limitados.

Leia Mais

Créditos: depositphotos.com / KostyaKlimenko

Fim da hegemonia do dólar? Ouro e desdolarização entram no radar global para 2026

22 de dezembro de 2025
S&P 500

S&P 500 em 2026: como o mercado está lendo o próximo ciclo

22 de dezembro de 2025

“Um conflito aberto poderia gerar instabilidade na América do Sul, ampliar fluxos migratórios, provocar volatilidade no mercado de energia e abrir espaço para maior envolvimento indireto de potências como China e Rússia, hoje parceiras relevantes da Venezuela. Além disso, os Estados Unidos já estão fortemente comprometidos em dois teatros estratégicos: a rivalidade com a China no Indo-Pacífico e a guerra na Ucrânia“, analisa o especialista.

O professor destaca ainda que a política americana para a Venezuela dialoga com uma releitura da Doutrina Monroe, segundo a qual Washington busca reafirmar sua influência no continente e reduzir a presença de atores extrarregionais. Ainda assim, ele alerta que intervenções sem um plano institucional claro tendem a gerar instabilidade prolongada, como demonstram experiências recentes em outras regiões.

Interceptação de petroleiros e coerção econômica

Quando Washington fala em interceptar ou fiscalizar petroleiros, o movimento deve ser entendido mais como uma forma de coerção econômica do que como ação militar clássica. De acordo com Marcus Vinicius de Freitas, trata-se de uma estratégia típica de guerra híbrida, que utiliza o mercado, a logística e o sistema financeiro como instrumentos de pressão.

“Na prática, esse tipo de ação eleva riscos jurídicos e financeiros para seguradoras, armadores e compradores, encarece transações e reduz a previsibilidade do comércio venezuelano, sem cruzar o limiar de um conflito armado. Estratégias semelhantes já foram utilizadas contra países como Irã, Rússia e Coreia do Norte”, destaca.

Apesar do impacto econômico, Freitas pondera que sanções e pressões desse tipo nem sempre produzem os efeitos políticos esperados. Países sancionados tendem a buscar rotas alternativas de comércio, enquanto o uso recorrente desses instrumentos pode reduzir a confiança nos Estados Unidos como fiador das regras do sistema internacional.

EUA e Venezuela: leitura para o mercado

A combinação das análises aponta para um cenário em que a Venezuela segue sendo usada como peça estratégica em um tabuleiro mais amplo, que envolve energia, inflação, política doméstica americana e disputa geopolítica global. A guerra aberta aparece como improvável, mas a instabilidade calculada e a retórica agressiva continuam sendo ferramentas relevantes de pressão e sinalização.

Para o mercado, o principal vetor permanece sendo o petróleo, não apenas como commodity, mas como variável-chave para inflação, crescimento e precificação de risco global.

Barulho militar, interesse econômico: o que está por trás da tensão EUA-Venezuela. Créditos: depositphotos.com / AleksTaurus

Barulho militar, interesse econômico: o que está por trás da tensão EUA-Venezuela. Créditos: depositphotos.com / AleksTaurus

Leia

Lula sanciona Presiq com vetos e adia impacto fiscal do novo incentivo à indústria química

Barulho militar, interesse econômico: o que está por trás da tensão EUA-Venezuela

SEMANA ENCURTADA NO NATAL
MERCADOS

Semana encurtada pelo Natal concentra decisões na China, IPCA-15 e dados-chave nos EUA

22 de dezembro de 2025

A quarta semana de dezembro começa com uma agenda mais curta, típica do período de fim de ano, mas ainda...

Leia maisDetails
Créditos: depositphotos.com / jackmalipan
PAINEL BM&C

China: real estate perde força e mercado recalcula risco em 2026

21 de dezembro de 2025

Por mais de duas décadas, a China funcionou como o principal motor da economia global, sustentando demanda, puxando cadeias produtivas...

Leia maisDetails
Lula sanciona o Presiq
POLÍTICA

Lula sanciona Presiq com vetos e adia impacto fiscal do novo incentivo à indústria química

22 de dezembro de 2025
Créditos: depositphotos.com / KostyaKlimenko
MERCADOS

Fim da hegemonia do dólar? Ouro e desdolarização entram no radar global para 2026

22 de dezembro de 2025
S&P 500
MERCADOS

S&P 500 em 2026: como o mercado está lendo o próximo ciclo

22 de dezembro de 2025
RECEITA FEDERAL DIVULGA RECEITA DE NOVEMBRO
ECONOMIA

Arrecadação cresce com IOF e bets, mas indústria patina

22 de dezembro de 2025

Leia Mais

Lula sanciona o Presiq

Lula sanciona Presiq com vetos e adia impacto fiscal do novo incentivo à indústria química

22 de dezembro de 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a lei que cria o Programa Especial de Sustentabilidade da...

Créditos: depositphotos.com / KostyaKlimenko

Fim da hegemonia do dólar? Ouro e desdolarização entram no radar global para 2026

22 de dezembro de 2025

A discussão sobre o futuro do dólar voltou ao centro do debate global em 2025 e deve seguir como um...

S&P 500

S&P 500 em 2026: como o mercado está lendo o próximo ciclo

22 de dezembro de 2025

A combinação recente de dados de inflação e mercado de trabalho nos Estados Unidos voltou a estimular o apetite ao...

RECEITA FEDERAL DIVULGA RECEITA DE NOVEMBRO

Arrecadação cresce com IOF e bets, mas indústria patina

22 de dezembro de 2025

A arrecadação da União alcançou R$ 226,75 bilhões em novembro, o maior valor já registrado para o mês, segundo a...

FOCUS REDUZ INFLAÇÃO

Boletim Focus reduz projeção de inflação para 2025 e mantém Selic para 2025

22 de dezembro de 2025

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial da inflação no país, em...

SEMANA ENCURTADA NO NATAL

Semana encurtada pelo Natal concentra decisões na China, IPCA-15 e dados-chave nos EUA

22 de dezembro de 2025

A quarta semana de dezembro começa com uma agenda mais curta, típica do período de fim de ano, mas ainda...

Jorge Lima fala sobre Produtividade

“Produtividade é a linha divisória da economia global”, afirma secretário Jorge Lima

22 de dezembro de 2025

Às vésperas de um novo ciclo eleitoral, o Brasil chega a 2026 diante de uma escolha estrutural: avançar na agenda...

Roberto freire e Comte bittencourt - Fotos Agência Brasil

Com relatoria de Gilmar Mendes, STF julga disputa entre Roberto Freire e Comte Bittencourt pelo Cidadania

21 de dezembro de 2025

O comando do Cidadania tornou-se alvo de uma disputa que combina embate judicial e estratégia eleitoral. Roberto Freire deixou a...

jorge lima critica estatais

“Estatais acumulam funções demais e entregam resultado de menos”, diz Jorge Lima

21 de dezembro de 2025

O Brasil mantém uma relação ambígua com suas estatais. Ao mesmo tempo em que convive com empresas públicas deficitárias, resiste...

BRASÍLIA

Carga tributária escancara o Custo Brasil que trava produtividade e investimento

20 de dezembro de 2025

A carga tributária brasileira atingiu em 2024 o maior patamar em mais de duas décadas, segundo dados da Receita Federal,...

Veja mais

COPYRIGHT © 2025 BM&C NEWS. TODO OS DIREITOS RESERVADOS.

Bem-vindo!

Faça login na conta

Lembrar senha

Retrieve your password

Insira os detalhes para redefinir a senha

Conectar

Adicionar nova lista de reprodução

Sem resultado
Veja todos os resultados
  • AO VIVO 🔴
  • MERCADOS
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA

COPYRIGHT © 2025 BM&C NEWS. TODO OS DIREITOS RESERVADOS.