A Ponte Golden Gate, em São Francisco, é mais que um cartão-postal; é um monumento à engenhosidade humana. A construção da Golden Gate superou desafios que pareciam insuperáveis na década de 1930, exigindo inovações que mudaram a engenharia para sempre.
Como as torres gigantes foram erguidas sem os guindastes de hoje?
Para erguer as torres de 227 metros, os engenheiros inventaram guindastes que “escalavam” a própria estrutura. Após montar uma camada de células de aço, o guindaste subia 12 metros e se fixava na nova altura para continuar o trabalho, em um processo engenhoso e repetitivo.

A união das peças foi feita com milhões de rebites, que eram aquecidos até ficarem incandescentes e transportados até o topo por um sistema pneumático. Dentro das torres, pequenos elevadores, planejados desde o início, foram instalados para facilitar a inspeção e manutenção futuras.
Como os engenheiros construíram fundações no fundo do mar?
A fundação da torre sul exigiu trabalho subaquático em um local com fortes correntes. Mergulhadores usaram dinamite para nivelar o leito rochoso, e o engenheiro-chefe, Joseph Strauss, criou “tubos de explosão” para posicionar as cargas com segurança e precisão.
Para a concretagem, foi utilizado o método tremie: um longo tubo despejava um concreto especial de baixo para cima, evitando que se misturasse com a água salgada. Para a escavação final, os trabalhadores operavam dentro de câmaras pressurizadas que impediam a entrada da água.
Inovações na fundação subaquática:
Nivelamento do leito marinho com dinamite guiada.
Uso de câmaras de ar comprimido para escavação a seco.
Concretagem subaquática com o método tremie.
Qual o segredo por trás dos cabos de aço gigantescos?
Os dois cabos principais são a espinha dorsal da ponte, e cada um é um feixe composto por 27.000 fios de aço individuais. Se esticados em uma única linha, esses fios somariam 129 mil quilômetros, o suficiente para dar três voltas na Terra.
Para os entusiastas da história e da engenharia, o canal JAES Company Português apresenta um olhar detalhado sobre a construção de um dos maiores ícones do mundo. Conheça as inovações da década de 30 que permitiram erguer as torres gigantes e os cabos maciços da ponte Golden Gate:
O processo de fiação foi revolucionário: rodas giratórias viajavam de uma torre à outra, tecendo os fios no ar. No final, prensas hidráulicas compactaram os milhares de fios em um cabo circular perfeito. Um projeto dessa magnitude, hoje, seria supervisionado por órgãos como o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), que fiscaliza grandes obras de infraestrutura no Brasil.
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Como a plataforma foi montada com segurança a 70 metros de altura?
A segurança dos trabalhadores era uma prioridade. Joseph Strauss insistiu na instalação de uma enorme rede de segurança sob a ponte, uma inovação que salvou 19 vidas durante a obra e se tornou um padrão na indústria.
A plataforma foi montada de forma equilibrada, avançando simultaneamente a partir de cada torre em direção ao centro para não sobrecarregar os cabos. Por fim, a ponte foi pintada com a icônica cor Laranja Internacional para garantir a visibilidade na neblina. A estrutura se tornou um patrimônio da engenharia mundial, assim como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) protege as grandes obras no Brasil.
| Inovação da Golden Gate | Prática Comum da Época |
| Guindastes “escaláveis” | Guindastes fixos de baixa altura. |
| Rede de segurança para operários | Pouca ou nenhuma proteção contra quedas. |
| Concretagem subaquática (tremie) | Ensecadeiras complexas e mais arriscadas. |

