O pregão desta terça-feira é marcado por uma série de anúncios corporativos relevantes, envolvendo aumentos de capital, programas de recompra de ações e movimentações societárias de empresas de grande peso na B3. As decisões divulgadas antes da abertura tendem a influenciar o desempenho dos papéis ao longo do dia.
Entre os destaques, estão Itaúsa, IRB Brasil RE, Rede D’Or, Vivara, Klabin e Cosan, que divulgaram fatos relevantes relacionados à estrutura de capital, estratégia financeira e reorganização de participações. Além disso, Petrobras segue no radar com desdobramentos ligados à governança da Braskem.
Itaúsa aprova aumento de capital via bonificação
A Itaúsa aprovou um aumento de capital no valor de R$ 2,5 bilhões, com a emissão de aproximadamente 219,9 milhões de novas ações, entre ordinárias e preferenciais. A operação será feita por meio de bonificação aos acionistas, na proporção de duas novas ações para cada 100 papéis detidos.
Nesse sentido, a companhia reforça sua estrutura de capital sem exigir desembolso adicional dos investidores, preservando a liquidez e a participação proporcional dos acionistas.
IRB e Rede D’Or anunciam programas de recompra
O IRB Brasil RE anunciou a aprovação de um programa de recompra de até 5% das ações em circulação. A iniciativa pode contribuir para otimização da estrutura de capital e sinaliza confiança da administração no processo de recuperação operacional da resseguradora.
Por outro lado, a Rede D’Or divulgou um novo plano de recompra de ações envolvendo até 20 milhões de papéis, com limite financeiro de R$ 1 bilhão. Considerando as ações já mantidas em tesouraria, o volume permanece inferior a 10% do capital total da companhia.
Vivara e Klabin reforçam estrutura financeira
A Vivara aprovou um aumento de capital de R$ 866,6 milhões, realizado por meio da capitalização de reservas. A operação não envolve emissão de novas ações, mantendo inalterada a participação relativa dos acionistas.
Enquanto isso, a Klabin informou o recebimento de um aporte adicional de R$ 1,2 bilhão relacionado ao projeto Plateau, voltado à gestão e monetização de ativos florestais, fortalecendo a estrutura financeira da iniciativa.
O que está por trás da venda da participação da Cosan na Rumo?
A Cosan anunciou a venda de aproximadamente 4,98% das ações da Rumo, sua controlada no setor de logística. Ao mesmo tempo, a companhia contratou instrumentos financeiros do tipo total return swap, que permitem manter a exposição econômica ao ativo mesmo após a alienação das ações.
Dessa forma, a operação combina geração de caixa com preservação da exposição estratégica ao desempenho da Rumo.
Petrobras segue no radar do mercado
Além dos movimentos corporativos, Petrobras permanece no foco dos investidores em meio às discussões envolvendo a governança e a estrutura societária da Braskem, com negociações para um novo acordo de acionistas.
O tema segue sendo acompanhado de perto pelo mercado, diante dos potenciais impactos estratégicos e financeiros para as companhias envolvidas.













