Imagine uma estrutura única com 170 km de comprimento, mais alta que o Empire State Building, cruzando o deserto impiedoso da Arábia Saudita. The Line não é ficção científica, mas a maior aposta de engenharia civil já feita pela humanidade.
Por que gastar 1 trilhão no meio do nada?
O projeto faraônico promete abrigar 9 milhões de pessoas em um ambiente sem carros, sem emissões e totalmente controlado por inteligência artificial. Mas por trás dos renders futuristas, esconde-se uma questão crucial: isso é uma revolução urbana ou um delírio megalomaníaco?
A motivação para erguer essa muralha espelhada nasce de um medo econômico real: a dependência do petróleo. O príncipe Mohammed bin Salman observou o sucesso turístico de Dubai e decidiu criar algo que superasse qualquer vizinho.
Localizada na zona econômica de NEOM, a cidade pretende ser uma “Hong Kong das Arábias”, operando com leis e impostos próprios para atrair investidores globais. O objetivo é transformar a areia estéril no centro comercial do mundo, conectando Ásia, África e Europa em poucas horas de voo.

Como viver em uma linha de 500 metros de altura?
A arquitetura desafia tudo o que sabemos sobre urbanismo, abolindo as ruas horizontais em favor da verticalidade extrema. A cidade será dividida em três níveis sobrepostos para otimizar o espaço e o tempo de deslocamento:
- Nível de Pedestres: A superfície será dedicada exclusivamente a parques, lazer e áreas verdes, sem nenhum veículo à vista.
- Camada de Serviços: Logo abaixo, estarão as lojas, escolas, hospitais e escritórios, acessíveis a poucos minutos de caminhada.
- Espinha de Transporte: No subsolo profundo, um trem de ultravelocidade (520 km/h) cruzará a cidade de ponta a ponta em apenas 20 minutos.
O problema do espelho gigante
Para isolar o interior do calor do deserto, a fachada externa será coberta por espelhos contínuos. Críticos alertam que essa barreira reflexiva pode cozinhar o ecossistema ao redor e se tornar uma armadilha mortal para milhões de aves migratórias.
Além do impacto ambiental, há o desafio social de viver confinado. Cidades planejadas linearmente no passado, como Brasília (que tem o formato de avião), provaram que distâncias longas segregam a população e encarecem a vida, empurrando os mais pobres para a periferia.
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Um monumento à ambição humana
Se a construção for concluída, será comparável às Pirâmides do Egito em escala e audácia. No entanto, o custo de oportunidade é astronômico: com o mesmo orçamento, seria possível erradicar a fome mundial por décadas ou financiar a colonização de Marte.
Acompanhe de perto as próximas fases dessa obra, pois ela definirá se o futuro da humanidade será sustentável ou apenas uma miragem de luxo.
Quem se interessa por megaprojetos futuristas e engenharia extrema, vai curtir esse vídeo especialmente selecionado do canal Investiga, Pinhel!, que conta com mais de 3 milhões de inscritos, onde Gabriel Pinhel mostra detalhadamente os planos ambiciosos da The Line, uma cidade linear de 170 km na Arábia Saudita que custará 1 trilhão de dólares e promete desafiar os limites da arquitetura moderna:
O legado de The Line
- Escala Inédita: A cidade terá 170 km de extensão e abrigará uma população maior que a de Nova York em uma única estrutura.
- Fim dos Carros: O design elimina o automóvel, apostando em transporte subterrâneo de alta velocidade e caminhabilidade.
- Risco Ambiental: A fachada espelhada e o consumo de recursos levantam dúvidas sérias sobre a viabilidade ecológica do projeto.

