No programa BM&C News, Carlos Honorato, professor da FIA Business School, destaca que o Custo Brasil tem um impacto devastador sobre a economia nacional, retirando anualmente mais de R$ 1,5 trilhão. Esse montante compromete tanto a produtividade quanto os investimentos e a geração de empregos, criando um cenário adverso onde os negócios se tornam cada vez mais dificultados.
A principal questão levantada por Honorato é que a combinação de falta de infraestrutura, burocracia excessiva e incertezas jurídicas torna o ambiente de negócios brasileiro hostil. “As dificuldades enfrentadas por investidores, mesmo em um cenário global de liquidez, refletem a ineficiência do sistema nacional“, analisa o especialista.
Por que o Brasil não enfrenta o Custo Brasil?
Dentre os motivos que levam o país a não enfrentar essa problemática, Honorato aponta a ausência de direção estratégica nacional. Ele sublinha que tanto o setor público quanto o privado se acomodaram com as condições precárias das estradas, a logística ineficiente e a dificuldade de acesso ao crédito.
No atual estado de coisas, a judicialização bilionária das questões empresariais e as políticas industriais protecionistas apenas aprofundam a crise econômica, afastando ainda mais os investidores interessados em apostar no Brasil.
O que deve ser feito para superar o Custo Brasil?
Segundo Honorato, a solução passa por destravar o Congresso e garantir regras claras que incentivem o investimento estrangeiro e nacional. Ele ressalta que, sem uma ação firme nesse sentido, o país permanecerá à mercê de um ambiente econômico desfavorável.
“É vital estimular políticas que possam realmente transformar a economia, garantindo não apenas a atração de investimentos, mas também a sustentabilidade das operações no longo prazo”, afirma.
Qual o papel do investimento na recuperação econômica?
O investimento é visto como uma das chaves para reverter o cenário do Custo Brasil. Honorato explica que a atual situação exige um esforço conjunto tanto do governo quanto da iniciativa privada. Diversas medidas devem ser implementadas para fomentar esse investimento, como melhorias na infraestrutura, desburocratização e um sistema jurídico mais eficiente.
A criação de um ambiente propício à confiança dos investidores poderá, portanto, contribuir significativamente para um crescimento econômico sustentável.
Por fim, Honorato sugere que os investidores se mantenham informados sobre as mudanças nas políticas econômicas e estejam atentos às oportunidades que possam surgir, mesmo em meio a um cenário desafiador. “A informação é uma ferramenta crucial para a tomada de decisões melhor fundamentadas“, conclui o especialista.















