Duas empresas do setor elétrico iniciaram processos formais que, na prática, retiram suas ações da Bolsa e reduzem significativamente suas obrigações como companhias abertas. Serena Energia e Neoenergia comunicaram à CVM medidas estruturais para converter o registro de categoria A para categoria B, adquirir ações remanescentes e caminhar para fechamento de capital. Os movimentos seguem a mesma lógica: simplificação societária, redução de custos regulatórios e consolidação do controle pelos acionistas majoritários.
A Serena Energia informou ter obtido da CVM o deferimento para a conversão do registro de companhia aberta da categoria A para a categoria B, o que resulta na imediata descontinuidade da negociação das ações na B3.
Segundo o fato relevante, permanece aberto o prazo para que acionistas possam vender suas ações à Ventos Alísios Participações Societárias S.A., dentro dos procedimentos previstos no aviso já divulgado ao mercado. A companhia também convocou uma assembleia para 4 de dezembro de 2025, quando será votado o resgate compulsório das ações remanescentes em circulação, etapa final do processo de saída do mercado.
A Serena Energia atua na geração de energia renovável, com foco em ativos eólicos. A companhia opera parques eólicos em diferentes regiões do país e participa de projetos de expansão voltados a fontes sustentáveis.
Neoenergia: Iberdrola inicia OPA para adquirir todas as ações
A Neoenergia comunicou ter recebido de sua controladora, a espanhola Iberdrola Energia S.A.U., o protocolo de registro de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para comprar até a totalidade das ações ordinárias atualmente em circulação.
A OPA combina dois objetivos: converter o registro da companhia na CVM de categoria A para categoria B, conforme a Resolução 80 e retirar a empresa do segmento Novo Mercado da B3, movimento que antecede o delisting.
A Iberdrola informou que a operação visa reduzir custos regulatórios e simplificar a estrutura corporativa, destacando que o preço definido (R$ 32,50 por ação) segue o valor da aquisição feita junto à Previ, considerada justa pela regulamentação aplicável.
A Neoenergia é uma das maiores empresas integradas do setor elétrico brasileiro, controlada pela espanhola Iberdrola. Suas operações abrangem geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. A companhia controla cinco distribuidoras e mantém investimentos em energias renováveis e infraestrutura elétrica em diversas regiões do país.
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