A Hapvida (HAPV3) anunciou um novo programa de recompra de até 70 milhões de ações, válido por 18 meses. A decisão vem após uma queda abrupta de mais de 40% nos papéis, reflexo do balanço fraco do terceiro trimestre de 2025 e da reação negativa dos investidores.
O resultado divulgado mostrou lucro líquido ajustado de R$ 338 milhões, alta anual de 12,7%, mas um Ebitda ajustado de R$ 746,4 milhões, queda de 17,6% frente ao mesmo período de 2024. Analistas classificaram o desempenho como decepcionante, sinalizando desafios estruturais para a empresa.
O que explica a forte reação negativa do mercado?
Segundo o Itaú BBA, a performance fraca está ligada a fatores não temporários, como a expansão da rede própria, que pressiona os custos por beneficiário. O banco destacou que o Ebitda veio cerca de 25% abaixo de suas estimativas, o que pode levar a revisões negativas no consenso de mercado.
Além disso, a teleconferência de resultados não conseguiu reverter o pessimismo dos investidores. O JPMorgan reduziu a recomendação das ações para neutra, citando sinistralidade acima do esperado e geração de caixa fraca.
Como a empresa justifica a recompra?
Em fato relevante, a Hapvida afirmou que o programa visa sinalizar confiança na recuperação da companhia e valorizar seus acionistas, em um momento de volatilidade intensa. A recompra será conduzida ao longo de um ano e meio, respeitando os limites regulatórios da CVM.
- Duração do programa: 18 meses
- Volume máximo: até 70 milhões de ações
- Objetivo: reforçar confiança e mitigar desvalorização
Enquanto isso, o mercado aguarda novas medidas de eficiência operacional para conter custos e sustentar margens em um ambiente competitivo e de alta pressão sobre o setor de saúde suplementar.













