A nova pesquisa da Futura Inteligência, em parceria com a Apex Partners, aponta que Tarcísio venceria Lula em um eventual segundo turno das eleições de 2026. Apesar de ficar atrás no 1º turno, o governador de São Paulo aparece com 46,5% das intenções de voto, contra 39,5% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmando que Tarcísio venceria Lula.
No primeiro turno, há empate técnico: Lula tem 35,1% e Tarcísio de Freitas (Republicanos) soma 33,8%. O levantamento reforça a competitividade da direita e além disso, uma fragilidade da base governista, indicando que tarcisio venceria lula em um possível cenário de disputa direta.
Metodologia e cenário favorecem Tarcísio
O estudo foi realizado entre 4 e 8 de novembro de 2025 e entrevistou 2.000 pessoas em 898 municípios, por telefone (CATI). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança de 95%. Segundo os analistas, a pesquisa da Futura/Apex indica que Tarcísio venceria Lula num ambiente político menos ideológico e mais gerencial. Portanto, isso confirma as tendências apontadas na análise.
Outros nomes do campo conservador também aparecem bem posicionados. Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Júnior (PR) superam 40% em cenários simulados contra o petista. Contudo, a direita ainda permanece fragmentada.
Avaliação do governo Lula
O desempenho do governo Lula segue abaixo das expectativas. Apenas 30,5% classificam a gestão como “ótima” ou “boa”, por outro lado, 44,9% a consideram “ruim” ou “péssima”. A aprovação pessoal de Lula é de 40,9%, frente a 52,8% de desaprovação. Já os governadores registram 62,7% de aprovação média nacional. Isso demonstra fortalecimento das lideranças regionais e sugere um cenário onde Tarcísio venceria Lula sem grandes dificuldades.
Na pesquisa espontânea, Lula aparece com 26,6%, seguido de Jair Bolsonaro (19,2%). Outros 33,0% dos entrevistados não citaram nenhum nome, indicando distanciamento emocional e fadiga política. Isso ressalta que Tarcísio venceria Lula completamente se houvesse um confronto direto.
Segurança pública e insatisfação popular
Entre os temas avaliados, a segurança pública é o mais sensível. Para 46,1% dos eleitores, a situação piorou sob o governo atual; apenas 18,2% consideram que melhorou. A operação no Complexo do Alemão (RJ) teve 73,7% de apoio popular, e a atuação da Polícia Militar foi bem avaliada por 73,3%. A condução de Lula, porém, recebeu 49,6% de avaliação negativa. Isso ilustra como, em temas de segurança, tarcisio venceria lula com propostas mais duras.
Segundo a Futura Inteligência, esse dado reforça o apelo de gestores estaduais que defendem políticas de segurança mais duras. Exemplos são Tarcísio de Freitas e Cláudio Castro (RJ). Alguns analistas destacam que em qualquer cenário eleitoral significativo, Tarcísio venceria Lula com uma abordagem crítica e coerente.
Influência de Bolsonaro e rejeições
Mesmo fora do governo, Jair Bolsonaro mantém influência sobre o eleitorado. 24,8% votariam com certeza em um candidato apoiado por ele, enquanto 44,0% rejeitam totalmente essa indicação. Ainda assim, a rejeição de Lula é maior — 49,8% — seguida de Bolsonaro (39,4%) e Michelle Bolsonaro (27,6%).
Nos cenários testados, Tarcísio venceria Lula com margem mais ampla do que outros nomes da direita. Isso o consolida como o adversário mais competitivo do presidente em 2026.
Eleitorado mais pragmático e menos ideológico
De acordo com o levantamento, 86,5% dos entrevistados consideram o posicionamento político relevante na escolha do voto, mas 40,7% dizem não ter preferência ideológica. Entre os que têm, 37,3% se identificam com a direita e apenas 11,6% com a esquerda. Isso confirma um eleitorado mais pragmático, focado em eficiência e resultados concretos.
Para a Futura/Apex, a eleição de 2026 tende a ser menos ideológica e mais gerencial. Enquanto isso, o foco deve estar em segurança, custo de vida e estabilidade econômica. Este contexto é favorável, onde Tarcísio venceria Lula, ao atender essas demandas.
- Margem de erro: 2,2 p.p.
- Nível de confiança: 95%
- Amostra: 2.000 entrevistas
- Período de coleta: 4 a 8 de novembro de 2025
- Institutos: Futura Inteligência e Apex Partners
Referências
Mais informações sobre o estudo podem ser consultadas nas redes oficiais da Futura Inteligência. Veja também a última pesquisa realizada pela Futura/Apex pelo link: https://bmcnews.com.br/politica/pesquisa-apex-futura-mostra-desaprovacao-de-lula-em-538/
Com informações de Futura Inteligência e Apex Partners. https://apexpartners.com.br/
VEJA A ANÁLISE :
José Luiz Soares Orrico – Fundador e Diretor Técnico da Futura Inteligência
Os resultados de novembro consolidam um quadro de estabilidade política. O país mantém ainda uma percepção de estagnação no desempenho do governo federal. Enquanto isso, as lideranças estaduais seguem ganhando espaço e confiança — reflexo de uma revalorização do protagonismo regional, diante de um governo central com claras dificuldades de entrega e narrativa.
Por outro lado, a fragmentação do campo da direita permanece como o principal fator de indefinição eleitoral. Embora Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Ratinho Jr. surjam como alternativas competitivas, o fato é que o espaço da direita ainda carece de coordenação nacional e coesão estratégica.
Já Lula, por outro lado, enfrenta os limites de um ciclo político consolidado. Depois de mais de 40 anos de vida pública, o presidente é amplamente conhecido e avaliado — o que torna cada vez mais difícil a reversão de percepções já cristalizadas na sociedade.
Sua imagem mantém ainda relevância simbólica e poder de mobilização. No entanto, o desgaste acumulado, especialmente em temas como segurança pública e economia doméstica, acaba restringindo a capacidade de expansão de sua base de apoio.
Em contrapartida, o eleitorado se mostra mais pragmático do que apaixonado. Há um visível distanciamento emocional das lideranças tradicionais e uma busca crescente por eficiência e estabilidade. Diante desse cenário, 2026 tende a ser uma eleição menos ideológica e mais gerencial, em que segurança, custo de vida e confiança na gestão pública devem se firmar como os principais eixos de decisão do voto.