O Ibovespa renovou nesta semana uma sequência de recordes históricos e superou pela primeira vez o patamar dos 149 mil pontos, refletindo o otimismo dos investidores com o cenário externo e o corte de juros nos Estados Unidos. Os movimentos recentes do principal índice da Bolsa Brasileira levantam uma dúvida comum no mercado: o tradicional rali de fim de ano começou antes da hora? Resta saber se ainda haverá fôlego para novas altas em novembro e dezembro. “Há espaço para novas altas, mas com dois condicionantes importantes: a situação fiscal do país e os indicadores de inflação”, pondera o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora.
Em 2024, o Ibovespa não chegou a registrar o “rali de fim de ano”, rompendo uma tradição histórica de valorização nos últimos meses. Desta vez, porém, o movimento de otimismo parece ter se adiantado, com a bolsa renovando máximas sucessivas em outubro. “Se a inflação vier abaixo do esperado e não houver deterioração fiscal, o mercado vai precificar cortes de juros já em dezembro ou janeiro. Nesse cenário, o índice pode seguir em alta”, destaca Mollo.
Com o Ibovespa rondando os 150 mil pontos, o consenso entre os analistas é de que o mercado brasileiro já está precificando um cenário externo benigno — e que o fôlego até o fim do ano dependerá do equilíbrio fiscal e do comportamento da inflação doméstica.
Se as condições se mantiverem favoráveis, o rali antecipado pode ganhar continuidade e encerrar 2025 com a bolsa em novo patamar histórico. Caso contrário, o otimismo pode dar lugar à realização de lucros e a um mercado mais lateralizado nos últimos meses do ano.
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