O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (17) em forte valorização, após alcançar 146.239 pontos na máxima intradia. O principal índice da bolsa brasileira fechou com ganho aproximado de +0,84%, refletindo expectativas positivas em torno de decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O movimento consolidou o apetite ao risco em meio ao cenário internacional.
No câmbio, o dólar à vista recuou e terminou o dia cotado em torno de R$ 5,30, acumulando queda de 0,44%. Essa foi a primeira vez em 15 meses que a moeda americana encerrou abaixo desse nível. Enquanto isso, os juros futuros exibiram leve alívio, com os investidores aguardando a definição da taxa Selic pelo Copom e possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve.
O que impulsionou o Ibovespa na sessão de hoje?
Além da “Superquarta”, que concentra anúncios importantes de juros, dados internos também colaboraram para o bom desempenho do Ibovespa. A taxa de desemprego brasileira caiu para 5,6% em julho, reforçando a percepção de melhora no mercado de trabalho e sustentando as perspectivas de retomada do consumo interno.
- Ibovespa intradia: 146.239 pontos
- Fechamento: +0,84% em relação ao pregão anterior
- Dólar à vista: R$ 5,30 (-0,44%)
- Taxa de desemprego em julho: 5,6%
Nesse sentido, ações de setores voltados ao consumo e de proteína animal se destacaram. Marfrig e BRF avançaram com força, diante das expectativas ligadas à fusão entre as companhias. Além disso, o varejo teve alta consistente, impulsionado pela confiança de investidores em maior demanda nos próximos meses.
Quais os riscos para a continuidade da alta do Ibovespa?
Por outro lado, permanecem dúvidas quanto ao rumo da política monetária global. Caso o Federal Reserve adote postura mais conservadora nos cortes de juros, mercados emergentes, incluindo o Brasil, podem sofrer com volatilidade. Enquanto isso, o cenário fiscal e as pressões inflacionárias locais ainda limitam o espaço para novas quedas na Selic.
Assim, o pregão de hoje reforça o bom momento do Ibovespa, mas deixa em aberto se a trajetória de valorização terá continuidade ou se ajustes de curto prazo prevalecerão diante dos próximos anúncios econômicos.