Com a popularização dos veículos híbridos plug-in, muitos motoristas têm questionado a viabilidade de usá-los em longas viagens. A preocupação central é que, sem carregadores adequados ao longo do caminho, estes veículos poderiam se tornar pesados para serem empurrados pelo motor a combustão, comprometendo a eficiência do automóvel. No entanto, experiências práticas sugerem que, com planejamento adequado, essas viagens podem ser tranquilas e eficientes.
Neste contexto, uma viagem de quase 3.000 quilômetros com dois modelos híbridos plug-in — o Lexus NX 450h e o GWM Haval H6 GT — oferece insights valiosos para futuros aventureiros do asfalto. Este artigo reúne cinco ensinamentos fundamentais para quem deseja explorar as estradas com um híbrido plug-in.
Gestão Inteligente da Bateria
Uma grande preocupação para proprietários de veículos híbridos plug-in é a possibilidade de a bateria esgotar durante a viagem. No entanto, isso não deve ser um problema, desde que sejam aproveitados os modos de condução que ajudam a preservar a energia. Modelos como o Lexus NX 450h e o GWM Haval H6 GT permitem que o motorista administre o uso da carga através de modos específicos, como o modo HV (híbrido) ou HEV (veículo híbrido elétrico), que combinam a força do motor a combustão com o elétrico.
Quais são os desafios da infraestrutura de carregamento?
Embora os grandes centros urbanos ofereçam uma boa infraestrutura de carregamento, nas demais regiões do Brasil a situação é bem diferente. Com aproximadamente 15 mil carregadores em todo o país, a maioria das estações oferece carregamento mais lento por corrente alternada. Encontrar um lugar para carregar seu veículo fora das capitais pode ser um desafio, mas aproveitar cada oportunidade para recarga torna-se uma estratégia vital para o sucesso de uma viagem longa.
A autonomia prometida corresponde à realidade?
É comum as montadoras prometerem autonomias impressionantes para seus veículos híbridos plug-in, muitas vezes acima de 1.000 km. Todavia, na prática, principalmente em rodovias, a autonomia alcançada tende a ser inferior devido à menor oportunidade de regeneração de energia. Mesmo assim, com uma condução consciente, é possível atingir até 700 km, um alcance considerável para SUVs de grande porte e peso.
Utilizando o modo EV de maneira estratégica

Se a estrada não oferece a melhor oportunidade para usar o carro no modo EV exclusivamente elétrico, uma ótima estratégia é aproveitá-lo em áreas urbanas ao longo do caminho. Isso pode economizar combustível e estender a autonomia do veículo até a próxima parada para abastecimento, maximizado por um ponto de carregamento disponível na cidade visitada.
O motor a combustão como aliado do sistema elétrico
Outro aspecto a se considerar é a possibilidade de usar o motor a combustão como um gerador de energia. Embora isso possa aumentar os custos operacionais em comparação com uma recarga externa, é uma solução viável em áreas remotas ou com infraestrutura limitada. A chave é manter uma condução racional, utilizando a energia eficientemente e explorando as frenagens regenerativas sempre que possível.
Explorar longas distâncias com um carro híbrido plug-in reveza-se entre desafios e descobertas. Apesar das limitações, um planejamento criterioso e o aproveitamento inteligente dos recursos do veículo tornam essa experiência não apenas viável, mas também muito enriquecedora.