O principal índice da Bolsa brasileira encerrou a sessão desta sexta-feira (20) em queda, refletindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 15% ao ano — o maior patamar desde 2006. A medida, que visa conter pressões inflacionárias, elevou o tom de cautela no mercado e reduziu o apetite por ativos de risco.
Ibovespa fecha em baixa
O Ibovespa caiu 1,15%, fechando aos 137.115 pontos, em um pregão marcado por baixa liquidez e realização de lucros após uma sequência de altas. Ao longo do dia, o índice oscilou entre 136.814 e 138.719 pontos, devolvendo parte dos ganhos acumulados na semana. O volume financeiro girou em torno de R$ 31 bilhões, influenciado pelo vencimento de opções e pela agenda econômica apertada.
Dólar sobe com aversão ao risco no mercado
O dólar comercial avançou 0,45%, encerrando cotado a R$ 5,52, impulsionado pelo cenário externo mais tenso e pela percepção de juros mais altos por um período prolongado no Brasil. Ainda assim, a moeda americana acumula leve queda na semana.
Selic a 15%: impacto nos investimentos
A decisão do Banco Central de elevar a Selic para 15% ao ano trouxe repercussões imediatas no mercado. A sinalização de que os juros devem permanecer nesse nível por um “período suficientemente prolongado” provocou ajustes em diversos ativos. A renda fixa se torna mais atrativa, enquanto a renda variável sofre pressão, especialmente nos setores mais sensíveis ao crédito.
Maiores altas do dia
- TIM (TIMS3): +1,51%
- Telefônica Brasil (VIVT3): +1,47%
- PetroRecôncavo (RECV3): +1,35% – apoiada pela retomada das operações na Bahia
Maiores quedas do dia
- Cosan (CSAN3): –9,00% – afetada por preocupações com endividamento em cenário de juros altos
- Vamos (VAMO3): –7,44%
- Petz (PETZ3): –5,41%
- Magazine Luiza (MGLU3) e Hapvida (HAPV3) também recuaram mais de 5%
Perspectivas
Com a Selic em 15%, o mercado passa a precificar um ciclo de manutenção dos juros por tempo indefinido. Investidores devem monitorar os próximos dados de inflação e atividade econômica para avaliar possíveis mudanças na política monetária.
 
			



 














