A criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em 2025, movimentou o cenário político brasileiro ao colocar em pauta a investigação de fraudes bilionárias que atingiram aposentados e pensionistas. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, desempenhou papel central ao sinalizar mudanças na relatoria da comissão, após debates intensos entre governo e oposição. O objetivo principal da CPMI é apurar irregularidades e propor soluções para evitar novos prejuízos aos cofres públicos e aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social.
Inicialmente, o governo indicou a deputada Tabata Amaral para a relatoria da CPMI do INSS, mas a escolha enfrentou resistência de parlamentares oposicionistas. O argumento central era o receio de que a condução dos trabalhos pudesse favorecer interesses do governo federal, especialmente em relação à proteção de figuras políticas ligadas ao atual presidente. Diante desse impasse, Hugo Motta buscou alternativas para garantir maior equilíbrio e credibilidade à comissão.
Como foi definida a relatoria da CPMI do INSS?
A relatoria da CPMI do INSS tornou-se um dos pontos mais discutidos desde a criação da comissão. Em reunião com líderes da oposição, Hugo Motta afirmou que a escolha não recairia sobre nomes considerados alinhados demais com o governo ou com a oposição. Assim, descartou tanto Tabata Amaral quanto o Coronel Chrisóstomo, deputado bolsonarista sugerido por opositores, indicando que a preferência seria por um parlamentar de perfil mais ao centro.
Entre os nomes cotados para assumir a relatoria, destacou-se o deputado Evair Vieira de Mello, visto como uma alternativa capaz de conduzir os trabalhos de forma imparcial. O processo de escolha do relator visa assegurar que o relatório final da CPMI reflita uma apuração técnica e independente, evitando a chamada “chapa branca”, expressão utilizada para indicar investigações conduzidas de forma a proteger interesses específicos.

Quais são os principais objetivos da CPMI do INSS?
A CPMI do INSS foi criada com a missão de investigar fraudes que resultaram em prejuízos significativos para aposentados, pensionistas e para o próprio sistema previdenciário. O foco da comissão está em identificar esquemas criminosos, analisar falhas nos mecanismos de controle e propor medidas para fortalecer a fiscalização dos benefícios concedidos pelo INSS.
- Apuração de fraudes: A comissão irá examinar denúncias e indícios de irregularidades em concessões de aposentadorias e pensões.
- Responsabilização: Identificar os responsáveis pelos desvios e sugerir encaminhamentos para as autoridades competentes.
- Propostas de melhoria: Elaborar recomendações para aprimorar os sistemas de controle e evitar novas fraudes.
Além disso, a CPMI busca garantir maior transparência e segurança aos beneficiários do INSS, que dependem do sistema para assegurar sua renda e qualidade de vida.
Como funciona a indicação dos membros da CPMI do INSS?
Após a leitura do requerimento de criação da CPMI pelo presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, os líderes partidários passaram a indicar os integrantes da comissão. Esse processo é fundamental para garantir a representatividade de diferentes partidos e correntes políticas, permitindo que a investigação seja conduzida de maneira plural e democrática.
- Leitura e aprovação do requerimento de criação da CPMI.
- Indicação dos membros titulares e suplentes pelos líderes partidários.
- Definição do presidente e do relator da comissão.
- Início dos trabalhos de investigação, com coleta de depoimentos e análise de documentos.
Com a instalação da CPMI do INSS, espera-se que as investigações avancem de forma transparente, contribuindo para o fortalecimento do sistema previdenciário brasileiro e para a proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas.