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Brasil busca protagonismo digital, mas enfrenta entraves

Em um mundo onde dados valem tanto quanto petróleo e a infraestrutura digital define competitividade, o Brasil se vê diante de um impasse: o país reúne ativos valiosos, mas ainda está distante de se consolidar como um exportador global de serviços de tecnologia da informação (TI) ou como um hub relevante de data centers.

A avaliação é do economista Maurício Takahashi, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (campus Alphaville). Em análise detalhada, ele defende que o Brasil precisa muito mais que recursos naturais para competir globalmente — é necessário um ecossistema digital coeso, confiável e de classe mundial.

“O país tem energia renovável em abundância e um mercado interno vasto, mas peca pela insegurança regulatória, déficit de talentos qualificados e infraestrutura ainda concentrada. Sem coordenação nacional, seguiremos como grandes consumidores de tecnologia, não como exportadores sofisticados”, avalia.

Pontos fortes do Brasil

O Brasil conta com uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com cerca de 83% da energia gerada por fontes renováveis, segundo a EPE e o ONS. Isso representa uma vantagem importante para empresas com metas ESG, sobretudo em setores como cloud e inteligência artificial.

Além disso, o país já possui mais de 165 milhões de usuários de internet, o que cria escala para o consumo de serviços digitais e atrai empresas globais. A conectividade internacional tem avançado com a instalação de cabos submarinos como o Seabras-1, Monet e EllaLink, conectando o Brasil aos EUA e à Europa.

O mercado de data centers também segue em expansão, especialmente na região de São Paulo, com estimativas de crescimento significativo nos próximos anos. No entanto, Takahashi destaca que a maioria das instalações ainda não atinge os padrões Tier III ou IV e que a concentração geográfica e custo elevado de energia continuam sendo entraves.

Entraves para o país

Para o professor, os maiores obstáculos são institucionais e estruturais. A insegurança jurídica, a complexidade tributária e a ausência de acordos internacionais de livre fluxo de dados dificultam a exportação de serviços digitais que envolvem dados pessoais.

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No campo da mão de obra, o país enfrenta um déficit projetado de dezenas de milhares de profissionais de TI até 2025, segundo a Brasscom. A falta de domínio em inglês técnico e a evasão de talentos para o exterior agravam o cenário. “Temos um mercado promissor, mas sem uma base educacional sólida e sem políticas públicas de retenção de talentos, a fuga continuará”, destaca Takahashi.

Enquanto isso, países como Irlanda, Cingapura e Chile se consolidam como hubs digitais com estratégias coordenadas, incentivos fiscais, estabilidade institucional e integração comercial. “O Brasil precisa enxergar a competitividade digital como parte de sua soberania econômica”, alerta.

Caminho possível: soberania digital e estratégia integrada

Takahashi conclui que transformar o potencial digital do Brasil em uma realidade competitiva passa por mais do que políticas setoriais isoladas. Ele defende uma estratégia nacional de soberania digital, com foco em:

  • Modernização regulatória e segurança jurídica;
  • Acordos internacionais para livre fluxo de dados;
  • Investimentos coordenados em infraestrutura digital;
  • Reforma tributária voltada ao setor tecnológico;
  • Educação técnica e domínio de línguas estrangeiras;
  • Política ativa de retenção de talentos.

“Sem uma ação coordenada, o Brasil seguirá consumindo tecnologia de fora, sem construir uma indústria digital forte e integrada ao cenário global. Temos os ativos, mas falta ambição institucional”, conclui.

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