
Segundo levantamento da empresa Itaipu Binacional divulgado nesta semana, a crise hídrica, que atinge alguns dos principais reservatórios do país, fez a geração acumulada de energia da usina de Itaipu em 2021 ser a menor para o período nos últimos 27 anos.
A hidrelétrica localizada na divisa com o Paraguai, no Paraná, uma das maiores usinas do mundo, costumava acumular recordes de geração de energia. Com a falta de chuvas, a produção caiu e algumas das turbinas da hidrelétrica chegaram a ser desligadas para aumentar a eficiência da usina.
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Em comparação ao ano passado, a produção até o momento está 12% menor. O ano de 2020 já teve a produção de energia considerada baixa pela empresa.
Por isso, uma comparação que está sendo usada pela empresa é com relação a 2016, ano em que Itaipu gerou a maior quantidade de energia da sua História. Na comparação com cinco anos atrás, a queda é de 35%, segundo a Itaipu Binacional.
“A Itaipu destaca que continua atendendo plenamente os montantes de energia que estão sendo requisitados pelos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio”, destacou a empresa, que tem a energia comercializada pela Eletrobras, em nota à imprensa.
A estatal também afirma que tem disponibilizado a potência necessária nos momentos de pico tanto para o Brasil quanto para o Paraguai.
“Face a esta crise hídrica histórica, reitera-se que a Itaipu tem adotado estratégias para operar a usina com máxima eficiência, de forma a continuar contribuindo com a manutenção da segurança do suprimento de energia elétrica ao Brasil e Paraguai, com a pronta disponibilidade de potência nos momentos de maior necessidade de ambos os países”, afirma o comunicado.
A hidrelétrica de Itaipu tem 14 mil megawatts de potência instalada e é o último aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná, bacia que concentra a crise hídrica deste ano e onde estão instaladas algumas das mais importantes hidrelétricas do país. Como todas as reservas rio acima estão com níveis baixos, chega menos água em Itaipu.
O ano de 2021 foi o que menos entrou água no reservatório desde que a usina foi inaugurada, em 1984, também de acordo com dados da empresa. Com a pouca quantidade de água, Itaipu já precisou desligar oito de suas 20 turbinas. O objetivo, segundo a empresa, foi otimizar os recursos.
A hidrelétrica de Itaipu tem a produção de energia dividida com o Paraguai e é fundamental para o sistema, já que consegue gerar eletricidade ao longo de todo o ano.
Depois de Itaipu, a segunda maior usina do país em termos de potência é Belo Monte, no Pará, mas ela só consegue gerar energia próximo a sua capacidade em metade do ano.
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