Um novo projeto de lei apresentado pelo senador Romário (PL-RJ) propõe um significativo acréscimo de 25% no valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para aqueles que necessitam de assistência permanente. Esta proposta busca alinhar o tratamento concedido aos beneficiários do BPC com os critérios já previstos para aposentados por incapacidade permanente pela Previdência Social.
O Benefício de Prestação Continuada é um auxílio mensal destinado a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que não possuem condições de sustento próprio. Atualmente, esse benefício tem o valor de um salário mínimo – R$ 1.518. Com a possível adição, o valor aumentaria em R$ 379, aliviando os custos das famílias que precisam contratar cuidadores.
Quem Pode se Beneficiar com o Acréscimo?
O projeto prevê o acréscimo especificamente para aqueles que demandam assistência contínua em suas atividades do dia a dia. Levando em conta que cerca de 15% dos beneficiários do BPC se enquadram nessa situação, estima-se que aproximadamente 900 mil pessoas poderiam ser impactadas positivamente pela medida.
Quais São os Argumentos do Senador Romário?
De acordo com o senador Romário, o valor atual do BPC não é suficiente para cobrir os altos custos associados à contratação de cuidadores, cuja despesa média mensal pode alcançar até R$ 1.500. Esse adicional de 25% é visto como um suporte financeiro que, apesar de não cobrir integralmente os custos, proporcionaria um alívio às famílias que enfrentam essas despesas.
- R$ 379 é o valor adicional proposto.
- O benefício passaria a ser R$ 1.897.
- 900 mil pessoas podem ser beneficiadas.
Impacto Financeiro e Procedimentos Legislativos

Estima-se que o impacto financeiro mensal da proposta será de R$ 341 milhões no orçamento da Seguridade Social. Esse montante é relevante, considerando as despesas do governo com benefícios sociais. O projeto de lei, identificado como PL 4.680/2024, ainda aguarda a análise das comissões do Senado. Se aprovado, o próximo passo será a discussão na Câmara dos Deputados antes de seguir para eventual sanção presidencial.
A proposta também contempla o reconhecimento do trabalho informal dos familiares, que frequentemente se tornam cuidadores, muitas vezes abrindo mão de empregos remunerados para prestar assistência. Assim, o acréscimo poderia amenizar a perda de renda dessas famílias.
O Que Esperar Futuramente?
O encaminhamento desse projeto marca um avanço em direção à proteção social para aqueles que mais precisam. Se aprovado, este incremento no BPC poderá oferecer um suporte financeiro crucial para famílias que lidam com a dependência de um cuidador, promovendo um nível maior de dignidade e suporte financeiro aos beneficiários vulneráveis.