O Tesouro Nacional informou que a Dívida Pública Federal (DPF) registrou um aumento de 1,85% em novembro, totalizando R$ 7,204 trilhões, um reflexo do impacto de R$ 74,79 bilhões em juros e de uma emissão líquida de R$ 56,38 bilhões no período.
A divisão entre os tipos de dívida revelou que a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) subiu 1,71%, atingindo R$ 6,863 trilhões, enquanto a Dívida Pública Federal Externa (DPFE) apresentou um crescimento de 4,78%, alcançando R$ 340,76 bilhões.
Composição da dívida
A composição da dívida também trouxe mudanças importantes:
- A parcela prefixada caiu para 22,14%;
- A parcela corrigida pela inflação diminuiu para 27,01%;
- Já a parcela atrelada à Selic subiu para 46,13%, confirmando uma tendência de maior exposição às taxas de juros;
- A parcela atrelada ao câmbio apresentou alta, chegando a 4,72%.
Participação dos investidores estrangeiros
Outro destaque foi o aumento da participação dos investidores estrangeiros na DPMFi, que passou a representar 11,25%, sinalizando um interesse crescente no mercado de dívida pública brasileira.
Prazos e custos
Os dados apontaram uma redução no prazo médio da dívida, que caiu para 4,12 anos. Além disso, a parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu para 17,91%, indicando uma menor pressão de curto prazo para refinanciamento. Por outro lado, o custo médio em 12 meses subiu para 11,53% ao ano, refletindo o impacto do cenário de juros elevados no país.
Reserva de liquidez em alta
A reserva de liquidez do governo teve um crescimento de 4,09% em novembro, totalizando R$ 856,10 bilhões, recurso essencial para garantir o cumprimento das obrigações financeiras do Tesouro.