O China Evergrande Group disse neste domingo (26) que iniciou a retomada das obras de construção, prometendo entregar 39 mil unidades de propriedades ainda no mês de dezembro na China. Nos três meses anteriores foram entregues menos de 10 mil unidades.
Evergrande é a incorporadora imobiliária mais endividada do mundo, com mais de US$ 300 bilhões em passivos. Ele está lutando para reembolsar os detentores de títulos, bancos, fornecedores e entregar casas aos compradores, sintetizando uma indústria que sofre com a campanha de desalavancagem do governo chinês.
O presidente da empresa, Hui Ka Yan, enfatizou durante uma reunião no domingo que ninguém em Evergrande poderia “ficar deitado”, chamando os funcionários a “lutar dia e noite” para que as vendas possam ser retomadas e dívidas pagas, disse Evergrande em um comunicado.
“Com a empresa retomando as obras de construção a todo vapor, o grupo planeja entregar 115 projetos em dezembro”, disse Hui em comunicado. “Com cinco dias restantes neste mês, devemos fazer de tudo para garantir o cumprimento da meta de entregar 39 mil unidades este mês.”
A promessa veio um dia depois que o principal regulador imobiliário da China disse à Agência de Notícias oficial Xinhua que o governo resolveria resolutamente os riscos decorrentes da entrega em atraso de propriedades residenciais por alguns dos principais incorporadores.
Também no sábado (25), o Banco Central da China disse que salvaguardaria os direitos legais dos compradores de casas. O comunicado afirma que a Evergrande retomou a cooperação com mais de 80% das empresas de decoração e fornecedores de longa data, tendo assinado 6.869 contratos com fornecedores de materiais.
Nos últimos meses, o governo chinês facilitou o financiamento de imóveis para evitar mais quedas, mas não reverteu suas restrições imobiliárias destinadas a reduzir a alavancagem e desestimular a especulação. As restrições de financiamento afetaram também outras incorporadoras menores da China. Essas respondem por 10% a 15% do mercado no país.
As autoridades chinesas estão examinando os ativos da Evergrande e de seu rico presidente, mas não esperam nenhuma liquidação por enquanto, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto em meados de dezembro.