Viih Tube passou por algumas complicações após o parto de seu segundo filho, Ravi. Apesar de ter iniciado o trabalho de parto normalmente, ela precisou realizar uma cesariana de emergência devido a uma desproporção cefalopélvica, ou seja, a cabeça do bebê não se encaixava adequadamente na bacia.
Após a cirurgia, Viih Tube desenvolveu uma atonia uterina, uma condição que causa sangramento excessivo após o parto devido à incapacidade do útero de se contrair e estancar o fluxo sanguíneo. Em decorrência desse sangramento, ela precisou ser internada na UTI e realizar uma transfusão de sangue.
A jornada do parto é um momento desafiador e cheio de expectativas para as mães. Porém, algumas complicações podem surgir, como a atonia uterina, um problema significativo na sequência do parto. Esta condição é marcada pela incapacidade do útero de contrair de forma eficaz após o nascimento do bebê, resultando em um risco elevado de hemorragia.
O que é a atonia uterina?
A atonia uterina é reconhecida como a principal causa de hemorragia pós-parto, representando um perigo substancial para a saúde e a vida da paciente. Após o parto, o útero deve se contrair para fechar os vasos sanguíneos do local onde a placenta se desprendeu. Quando essa contração não acontece de forma adequada, ocorre um sangramento excessivo.

O que causa a atonia uterina?
Fatores de risco:
- Distensão excessiva do útero: gravidezes múltiplas, polidrâmnio (excesso de líquido amniótico), bebês grandes ou útero distendido por gravidez anterior podem dificultar a contração uterina após o parto.
- Trabalho de parto prolongado: um trabalho de parto muito longo ou induzido pode levar ao esgotamento do músculo uterino, diminuindo sua capacidade de contração.
- Uso de medicamentos: alguns medicamentos, como anestésicos e relaxantes uterinos, podem interferir na capacidade do útero de se contrair.
- Infecção: infecções uterinas podem causar inflamação e prejudicar a contração muscular.
- Coagulopatias: distúrbios da coagulação sanguínea podem aumentar o risco de sangramento excessivo, mesmo com contrações uterinas adequadas.
- Trauma: trauma durante o parto, como lacerações uterinas ou cesarianas, podem contribuir para a atonia uterina.
- Multiparidade: mulheres que já tiveram vários partos podem ter um maior risco de desenvolver atonia uterina.
É importante ressaltar que, em muitos casos, a causa da atonia uterina não é identificada.
Como a hemorragia pode ser controlada?
Para enfrentar a atonia uterina de forma eficaz, diferentes abordagens podem ser adotadas. O tratamento inicial frequentemente envolve a massagem uterina, um método que visa estimular contrações através do toque direto. Se isso não for suficiente, medicamentos uterotônicos podem ser administrados para promover a contração do útero.
- Compressão bimanual: esta técnica envolve aplicação de pressão tanto interna quanto externamente para incentivar a contração uterina.
- Intervenções cirúrgicas: em casos mais graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para cessar o sangramento.
- Reposição de fluidos e transfusão sanguínea: são fundamentais para estabilizar a paciente e prevenir complicações como o choque hipovolêmico.
Quais são as estratégias para prevenção?
Prevenir a atonia uterina é uma meta crucial nos cuidados obstétricos. O uso precoce de medicamentos que promovem a contração do útero após o parto, conhecidos como uterotônicos, é uma estratégia amplamente recomendada. Além disso, a detecção rápida de qualquer anormalidade e uma abordagem proativa no tratamento são fundamentais para minimizar riscos.
A detecção precoce e o manejo efetivo da atonia uterina são essenciais para prevenir complicações sérias. Equipes médicas devem estar sempre atentas a sinais de alerta durante e após o parto para agir rapidamente. Com intervenções precisas e oportunas, é possível garantir a saúde e bem-estar da mãe, reduzindo os impactos dessa condição.
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