O ano de 2024 trouxe, novamente, um aumento significativo nas queimadas em diversas regiões do Brasil, afetando diretamente a qualidade do ar e a saúde da população. Neste cenário desafiador, soluções tecnológicas tornam-se essenciais para mitigar os danos ambientais. Um dos projetos que ganhou destaque é o Smart LiveLab, uma iniciativa inovadora conduzida pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), com apoio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict).
Lançado oficialmente em dezembro de 2023, o Smart LiveLab surgiu com a missão de integrar ciência e tecnologia ao desenvolvimento sustentável da região de Santa Rosa. Este projeto é um exemplo de inovação que não só cumpre um papel local, mas amplia suas ações para um contexto educacional e internacional, através do uso de tecnologias modernas como Internet das Coisas (IoT).
O que é o Smart LiveLab e como ele funciona?

O Smart LiveLab não é apenas um projeto acadêmico; trata-se de uma parceria estratégica com a prefeitura de Santa Rosa e empresas da região para monitoramento ambiental. A partir de um investimento significativo, principalmente com fundos estaduais, o laboratório integra sensores IoT para medir poluentes atmosféricos em tempo real, oferecendo dados importantes para a formulação de políticas públicas eficazes.
As tecnologias de longa distância, como a LoRa, possibilitam que dados sejam coletados continuamente em diferentes locais, proporcionando uma visão detalhada e precisa da qualidade do ar. Isso é crucial para gestores públicos que buscam estratégias de mitigação de impactos ambientais.
Qual a importância do Smart LiveLab para a sociedade?
Com uma estrutura física bem planejada, o Smart LiveLab divide-se em quatro áreas principais para diversas finalidades:
- Front LiveLab: Atendimento de parceiros e usuários.
- Idea LiveLab: Fomento à criatividade com tecnologias modernas.
- Make LiveLab: Prototipagem e desenvolvimento de pilotos.
- Storage LiveLab: Armazenamento de dados em servidores potentes.
Um dos pontos fortes do projeto, segundo a titular da Sict, Simone Stülp, é sua utilidade para gestores e empresários, oferecendo bases sólidas para decisões que visam um ambiente mais sustentável e seguro.
Quais são os desafios ambientais na região de Santa Rosa?
Os dados coletados pelo Smart LiveLab apontam um quadro preocupante: a poluição na região de Santa Rosa alcança níveis alarmantes, especialmente durante o período das queimadas. Essa realidade coloca a saúde da população em risco, especialmente para aqueles que já sofrem de problemas respiratórios.
O município precisa lidar com a situação adotando medidas preventivas e informadas, baseadas na análise dos dados fornecidos pelo laboratório, para garantir a saúde da comunidade e a sustentabilidade a longo prazo.
Cooperação internacional e intercâmbio de conhecimentos
O impacto do Smart LiveLab já é sentido além das fronteiras brasileiras. Um recente intercâmbio realizado com o México incluiu a colaboração de especialistas internacionais, como o pesquisador Carlos Molina Jiménez da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Essa colaboração visa replicar o modelo do laboratório em San Marcos, promovendo a inovação sustentável por toda a América Latina.
Essa troca de conhecimentos fortalece a posição do Smart LiveLab como referência global, demonstrando como a integração entre tecnologia e questões ambientais pode abrir novas oportunidades de desenvolvimento.
Com o crescente desafio das queimadas no Brasil, o Smart LiveLab se firma como uma solução prática e inovadora, evidenciando o papel essencial da tecnologia no monitoramento e melhora ambiental. Tanto em âmbito local quanto internacional, este laboratório mostra-se como um modelo exemplar de inovação voltada para a sustentabilidade.