É crescente a importância da cibersegurança no mercado financeiro, especialmente para empresas de capital aberto. A discussão veio à tona após um apagão cibernético global que afetou grandes empresas, como a CrowdStrike, em julho deste ano. Esse incidente reforçou a necessidade de as empresas aumentarem seus investimentos em proteção digital. “Ao observar o impacto desse apagão, notamos que as companhias estão intensificando seus esforços em proteção cibernética para garantir a continuidade de seus negócios e a conformidade com as rigorosas normas de mercado,” afirmou Cássio Rufino, COO e CFO da MZ, em entrevista à BM&C News. Ele ressaltou que, em um ambiente de crescente sofisticação dos ataques, a prevenção e a comunicação são pilares fundamentais para a proteção das organizações.
Impactos dos Ataques Cibernéticos
Os ataques cibernéticos podem resultar em graves prejuízos para as empresas, incluindo quedas drásticas no valor de mercado e danos irreparáveis à reputação. “Já vimos casos de empresas que sofreram com ataques no setor de e-commerce, o que afetou diretamente suas vendas e, consequentemente, o valor da companhia,” observou Rufino. Ele ainda acrescentou que o mercado financeiro é um alvo frequente devido ao volume de dados sensíveis que circulam nesse ambiente.
Esses episódios destacam a necessidade de adaptação contínua das empresas para mitigar riscos. “Muitas companhias estão se adaptando, utilizando sistemas de proteção de última geração para garantir que estejam preparadas e possam responder a incidentes de forma eficiente.”
Desafios na Implementação de Cibersegurança
Apesar da crescente conscientização sobre a importância da cibersegurança, Rufino apontou que as empresas ainda enfrentam vários desafios para implementar estratégias eficazes. Entre os obstáculos citados, ele destacou “a falta de financiamento, a escassez de profissionais qualificados e, muitas vezes, a resistência das próprias organizações às mudanças necessárias.”
Para superar essas dificuldades, Rufino recomenda que as companhias priorizem a capacitação de seus colaboradores e envolvam a alta administração nos esforços de segurança. “É essencial que a cibersegurança seja tratada como uma prioridade em todos os níveis da empresa,” enfatizou.
Sofisticação dos Ataques
Outro ponto importante abordado por Rufino foi a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos. Ele comparou a cibersegurança à contratação de um seguro, destacando que as empresas devem se preparar para o pior, mesmo que ainda não tenham enfrentado um ataque. “Assim como pagamos seguro de carro prevendo que algo pode acontecer, as companhias precisam ter um plano bem estruturado para se proteger e, caso necessário, agir rapidamente,” afirmou.
Por fim, Rufino reiterou a importância de um plano de comunicação eficiente em caso de incidentes cibernéticos, para minimizar os impactos ao valor da companhia e preservar sua reputação. “É crucial ter um plano de comunicação claro para informar o mercado e mitigar qualquer dano que possa surgir de um ataque,” concluiu.