O Ibovespa conseguiu se recuperar da queda de quinta (9), e fechou a semana no azul. Nesta sexta (10), os investidores se animaram com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.
Isso porque a taxa inflacionária subiu abaixo do esperado pelo mercado. A variação foi de 0,95% em novembro, segundo o IBGE. O indicador acumula alta de 9,26% neste ano e 10,74% nos últimos 12 meses. Mesmo abaixo das expectativas, a taxa é a maior desde o mesmo mês de 2003. No mesmo período do ano passado, a variação mensal foi de 0,89%.
Depois da divulgação do IPCA, os ativos do varejo apresentaram leve alta, menos a Magazine Luiza, que continuou caindo e passou boa parte do pregão como a maior queda do Ibovespa.
Nos Estados Unidos, as bolsas também fecharam em leve alta. Isso porque, o mercado acabou perdendo terreno após dados mostrarem que os preços ao consumidor norte-americano subiram em linha com as expectativas no mês passado, tirando alguma pressão de investidores preocupados com um aperto agressivo da política monetária nos Estados Unidos. Apesar disso, o IPC acumula alta de 6,8% nos últimos 12 meses, o maior desde junho de 1982.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de +1,38%, cotado a 107.758,34 pontos.
O dólar comercial fechou em alta de 0,69%, cotado a R$5,6136
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta. O S&P 500 fechou em +0,94% (4.711,10), o Nasdaq registrou +0,73% (15.630,60), enquanto o Dow Jones encerrou em +0,60% (35.970,99).
Confira os destaques desta sexta-feira:
Senado dos EUA aprova projeto de lei que amplia teto da dívida
O Senado norte-americano aprovou, na última quinta-feira (9), o primeiro de dois projetos de lei necessários para aumentar o limite de dívida do governo federal de US$ 28,9 trilhões, e evitar um calote sem precedentes. O documento foi enviado ao presidente Joe Biden para assinatura.
O Senado votou 59-35 para a medida, com 10 republicanos, incluindo o líder da minoria Mitch McConnell, apoiando o projeto. O republicano disse no início desta semana que acreditava que o procedimento atendia aos melhores interesses do país porque evita o calote. A Câmara dos Representantes, liderada pelos democratas, aprovou a legislação na noite de quarta-feira (7) por 222 a 212 votos.
Toffoli muda voto para alíquota menor de ICMS em energia e telecom valer em 2024
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mudou seu voto para que a alíquota menor de ICMS para empresas dos setores de energia e telecomunicações passe a valer somente a partir de 2024, atendendo a um pleito dos Estados. A posição anterior do ministro estabelecia a nova regra já para 2022.
Mais cedo, o ministro Gilmar Mendes votou pela alíquota menor só a partir de 2024, o que levou à mudança do voto de Toffoli. O restante do plenário deve seguir os dois ministros. O julgamento, que tem repercussão geral e analisa um caso em Santa Catarina, foi retomado nesta sexta-feira, 10, no plenário virtual do Supremo, e vai até dia 17.
Os Estados alegam que, caso o julgamento tivesse efeito imediato, como sugeriu Toffoli inicialmente, o impacto para as contas públicas dos entes poderia ser de R$ 27 bilhões. Decisão do Supremo já reconheceu a inconstitucionalidade na cobrança de uma alíquota maior que 17% para esses setores. Agora, cabe à Corte modular os efeitos da decisão.
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