Neste sábado (31), a Justiça do Rio de Janeiro decidiu liberar provisoriamente Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, após audiência de custódia. A gaúcha, que morava há sete meses no McDonald’s do Leblon, foi presa na última sexta-feira (30) acusada de injúria racial. A juíza Ariadne Villela Lopes, responsável pelo caso, optou por não converter a prisão em flagrante em preventiva, mas impôs três medidas cautelares à acusada.

Imagem: Internet/ Foto: Gabriel de Paiva.
Medidas Cautelares
Entre as determinações, Susane está proibida de frequentar o McDonald’s do Leblon por dois anos e deve comparecer mensalmente à Justiça para justificar suas atividades. Além disso, ela não pode manter qualquer tipo de contato com a vítima, sendo obrigada a manter uma distância mínima de 500 metros.
A juíza justificou sua decisão considerando a gravidade do caso, mas levou em conta o fato de Susane ser primária e idosa. “Dada a gravidade dos fatos e a condição da acusada, entendo que a aplicação de medidas cautelares é mais adequada do que a prisão preventiva”, declarou a magistrada.
Incidente e Prisão
O incidente ocorreu quando uma cliente acompanhada de sua filha adolescente entrou na lanchonete e tirou fotos de Susane e sua filha Bruna, que estavam vivendo no local desde abril de 2024. Incomodadas, as duas mulheres teriam reagido com palavras racistas, levando as vítimas a chamarem a polícia. Susane foi detida e levada à carceragem da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon) antes de ser transferida para o presídio feminino de Benfica, na Zona Norte.
Bruna, filha de Susane, também foi detida, mas liberada ainda na sexta-feira, após prestar depoimento. No sábado, ela acompanhou a mãe na audiência de custódia.