Com a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 10,50% ao ano, os investimentos em renda fixa estão em alta, apresentando-se como uma opção vantajosa. Atualmente, a inflação oficial (IPCA) está em 4,50% no acumulado dos últimos 12 meses.
Considerando este cenário, vamos analisar como os rendimentos podem ser beneficiados ao longo dos próximos anos. A expectativa do mercado é que a Selic permaneça nesse patamar ao longo de 2024, e as projeções indicam uma continuidade em 2025.

Por Que Investir em Renda Fixa?
Investir em renda fixa torna-se atraente diante de um cenário de juros altos. Se a Selic seguir estável, as aplicações nesse tipo de investimento continuarão entregando ganhos acima da inflação. O Boletim Focus projeta a inflação em 4,20% ao final de 2024 e em 3,97% no próximo ano.
Um levantamento do buscador de investimentos Yubb mostra que o retorno projetado para 12 meses nas principais aplicações de renda fixa varia de 6,24% a 12,06%. Vale notar que essas simulações não consideraram a inflação no cálculo.
Como Funciona a Poupança?
A aplicação em poupança tem regras específicas. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade é de 0,5% ao mês acrescida da Taxa Referencial (TR). Esse rendimento atualmente é de 7,31% em 12 meses.
Caso a Selic seja menor que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será equivalente a 70% da Selic somada à TR. Exemplificando, um investimento de R$ 1.000 na poupança renderá R$ 73,10 em 12 meses, sem incidência de imposto de renda.
Qual Escolha é Mais Vantajosa?
Dentre as opções de renda fixa, temos o CDBs de bancos médios e debêntures incentivadas. Por exemplo, um investimento de R$ 1.000 em um CDB de banco médio, após 12 meses, resultará em um saldo de R$ 1.119,60. Descontado o IR, o saldo final será de R$ 1.095,68.
No caso da debênture incentivada, que também não incide imposto de renda, o saldo após um ano será de R$ 1.118,56. Fica claro que, dependendo do perfil do investidor e do montante a ser investido, a escolha entre poupança, CDB e debênture pode variar.
Ranking de Países Com as Maiores Taxas de Juros Reais
O Brasil ocupa a vice-liderança no ranking mundial de juros reais, ficando atrás apenas da Rússia. Isso é resultado de um levantamento da Infinity Asset Management entre os 40 países mais relevantes no mercado de renda fixa mundial.
Veja o ranking de países com as maiores taxas de juros reais:
- Rússia: 8,91%
- Brasil: 6,79%
- México: 6,52%
- Turquia: 4,65%
- Indonésia: 4,13%
- Hungria: 3,60%
- Coreia do Sul: 3,04%
- África do Sul: 2,79%
- Hong Kong: 2,66%
- Colômbia: 2,66%
Em termos nominais, o Brasil está na 6ª posição, abaixo de países como Turquia, Argentina e Rússia, e acima de África do Sul, Hungria e Chile. A taxa de juros real é calculada considerando o abatimento da inflação projetada para os próximos 12 meses.
Investimentos de R$ 1 Mil, R$ 5 Mil e R$ 10 Mil
Veja algumas simulações considerando investimentos de diferentes valores:
- R$ 1 Mil: Além dos exemplos já citados, investir R$ 1.000 na poupança renderá R$ 73,10 em 12 meses; no CDB de banco médio será R$ 1.095,68; e na debênture incentivada, R$ 1.118,56.
- R$ 5 Mil: No mesmo cenário, um investimento de R$ 5.000 resultará em um saldo de R$ 5.365,50 na poupança; R$ 5.478,40 no CDB de banco médio; e R$ 5.592,80 na debênture incentivada.
- R$ 10 Mil: Investindo R$ 10.000, o saldo será de R$ 10.731,00 na poupança; R$ 10.956,80 no CDB de banco médio; e R$ 11.185,60 na debênture incentivada.
Esses exemplos demonstram como é possível obter rendimentos superiores à inflação investindo em opções de renda fixa que se beneficiam da alta taxa Selic atual.
É interessante avaliar as diversas possibilidades e alinhar os investimentos aos objetivos financeiros e ao perfil de risco de cada investidor, já que as opções variam em termos de liquidez e rentabilidade.