O bitcoin atingiu um novo marco histórico no Brasil, superando pela primeira vez o valor de R$ 377 mil nesta segunda-feira, 22 de julho. No entanto, apesar deste recorde em reais, a criptomoeda ainda não igualou seu máximo histórico em dólares, que permanece em US$ 73 mil, alcançado em março deste ano.
Nos últimos dias, o bitcoin mostrou sinais de recuperação após um período de forte desvalorização, impulsionado por uma pressão de venda significativa, que incluiu liquidações pela Alemanha e questões relacionadas à corretora falida Mt. Gox. Atualmente, o bitcoin está cerca de US$ 6 mil abaixo do recorde registrado em dólares.

Imagem: Internet.
A nova alta em reais é parcialmente atribuída à desvalorização do real frente ao dólar. Em março, quando o bitcoin alcançou seu preço recorde em dólares, a cotação do dólar era de aproximadamente R$ 5. Hoje, o dólar está na faixa dos R$ 5,60, o que contribui para o aumento do preço da criptomoeda em reais.
Nos últimos sete dias, o bitcoin acumulou uma valorização de 6,5% em relação ao dólar, conforme dados do CoinGecko. Esse movimento de alta foi impulsionado pela conclusão das vendas de bitcoin pelas autoridades alemãs e pelo otimismo dos investidores em relação a possíveis mudanças econômicas nos Estados Unidos, como cortes de juros.
Além disso, o fenômeno também foi observado em relação a outras moedas. Em fevereiro e março, o bitcoin atingiu máximas históricas em relação a moedas como o peso argentino, antes de alcançar seu recorde em dólares.
João Galhardo, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, acredita que o bitcoin pode continuar sua trajetória ascendente, embora correções temporárias sejam possíveis após fortes altas. “A temporada de balanços das grandes empresas americanas também é um fator a ser monitorado, pois qualquer anúncio sobre a compra de bitcoin por essas empresas pode fortalecer a visão do bitcoin como reserva de valor digital”, conclui Galhardo.
















