
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (na sigla “Ifix”) fechou com queda de 0,70%, cotado aos 2.705 pontos, nesta segunda-feira (28), com as repercussões da segunda fase da reforma tributária. No acumulado do mês, o índice cai a quase 4%.
O governo federal enviou a segunda fase da reforma tributária, na última sexta-feira (25), e o mercado imobiliário reagiu instantaneamente, com queda de 3,11%.
Isso porque o projeto de lei prevê uma mudança na cobrança de alíquota fixa de fundos imobiliários (FIIs), de 20% para 15%.
Além disso, o texto também propõe a tributação de dividendos em 20%.
Para Marcos Baroni, chefe de pesquisa em fundos imobiliários da Suno Research, investidores já esperavam por esse risco, principalmente com as incertezas em âmbito nacional.
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“Para o investidor de longo prazo, ele já contava com esse risco”, disse Baroni, em entrevista à BM&C News. “Só que agora, o fantasma já tem corpo, tem formato e já sabemos o tamanho dele. Então, pelo menos me parece que os riscos estão mais mensuráveis”.
“Os investidores ficam inseguros, uma vez que estamos no meio de uma alta de juros. Nós estamos em uma economia, ainda não retomando na velocidade que gostaríamos. O cenário de vacinação é lento, incerto. Tudo isso forma a tempestade perfeita.”
Baroni diz que não vê sentido em isentar outros tipos de investimentos e manter os fundos imobiliários.
“Não me parece sensato tributar um mercado que está irrigando a economia com recursos de uma maneira tão intensa. Objetivamente falando, não me parece sensato você isentar LCIs, CRIs, CRAs, e deixar o fundo imobiliário sendo o único produto tributável.”
Texto: Eduardo Saraiva
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